Mess, sexto álbum de originais dos Liars, faz jus ao nome: é uma autêntica confusão de vários géneros de música, entre techno, dance floor, electro, pós-punk e rock. E isso não é necessariamente mau, com o trio de músicos norte-americanos a assinarem um álbum despreocupado e, que nas suas próprias palavras, “serve essencialmente para divertir as pessoas”.
Com muitos ecos da cena techno de Detroit, em especial nas primeiras músicas, Mess parece ter sido feito para pôr os seus ouvintes a dançar e, se por vezes, a mistura de influências leve a um cocktail um tanto ou quanto estranho, a uma velocidade vertiginosa, a verdade é que, à medida que vamos avançando no álbum, a ordem vai chegando, com canções bem mais calmas, que até parecem ter sido compostas por outra banda.
Mas a postura caótica é mesmo a parte de “leão” do álbum e foi assumida em entrevista recente por Angus Andrew, o seu líder. “Somos reaccionários. Não, possivelmente, a palavra que melhor nos define é… esquizofrénicos! Vamos de um extremo ao outro com muita facilidade”, referiu.
Entrará este disco na lista de melhores de 2014, quando lá para Dezembro for altura de fazermos a revisão da “matéria dada”? Evidentemente que não… No entanto, certamente que Mess já foi responsável por proporcionar momentos de pura diversão, tendo canções que certamente resultarão muito bem ao vivo.
“Mess on a Mission”, o primeiro single extraído de Mess, é um digno representante da tal primeira metade caótica do disco, tal como o próprio vídeo.
Resumindo este disco numa curta frase pode dizer-se simplesmente “é para dançar pessoal!”