Morreu no passado dia 25 de Outubro o vocalista e baixista da mítica banda britânica Cream.
Quando pensamos neste que foi o primeiro supergroup da história do Rock o primeiro nome que nos vem à cabeça costuma ser o de Eric Clapton, o guitarrista que durante o período em que tocou com os Cream viu a frase “Clapton is God” pintada nas paredes de Londres. Por muito impressionante que tenha sido a influência de Clapton nos Cream, muita da magia da banda devia-se ao seu baixista e principal vocalista, Jack Bruce que foi responsável por alguma das melhores composições do grupo, juntamente com o poeta e amigo Pete Brown. Bruce era considerado um dos melhores baixistas ingleses da altura, devido às suas linhas de baixo inventivas e pesadas e era também um vocalista bastante capaz com um estilo vocal muito próprio, o que contribuiu bastante para o sucesso do trio.
Após o desmembramento dos Cream, Bruce continuou a fazer música, tendo trabalhado com nomes enormes do Rock e do Jazz, como Frank Zappa (Bruce aparece no álbum Apostrophe (‘) a tocar a magnífica linha de baixo da faixa título, embora haja uma certa controvérsia quanto a essa participação), Carla Bley e Gary Moore. Na sua carreira a solo, explorou mais o Jazz Fusion, fazendo-se acompanhar por músicos de excelência como John McLaughlin, Billy Cobham, Larry Young ou Allan Holdsworth. Durante a sua carreira a solo, Bruce continuou a trabalhar com o poeta Pete Brown, que escreveu letras para vários álbuns do baixista.
Durante a sua vida Bruce batalhou com um vício de heroína, um cancro e um transplante de rim. Foi a batalha contra a sua doença de rins que levou a melhor sobre a vida do músico.
Podes ter partido, mas não nos deixaste sós. Ter-te-emos sempre na nossa cabeça e nos nossos ouvidos. Vejo-te no “grande concerto no céu”.
mais um herói do rock.