A editora discográfica ECM, especializada em jazz e música clássica contemporânea, disponibiliza a partir de 17 de Novembro, esta sexta-feira, todo o seu catálogo de quase 50 anos de discos, muitos dos quais incontornáveis, através dos serviços de streaming.
O grupo, sediado na Alemanha, sempre havia rejeitado esta mudança, mas agora alega que a partilha da sua música em sites de vídeo e através de pirataria o forçou a encontrar uma forma legal de contornar a questão, cedendo finalmente.
A ECM não era caso único, sendo um dos grandes exemplos desta postura anti-streaming a norte-americana Drag City Records, que continua fora do sistema. O catálogo da Drag City tem alguns dos mais interessantes artistas indie dos EUA, sendo esse o caso dos magníficos Bill Callahan ou Silver Jews, entre muitos outros.
A partir de 17 de Novembro, todos os discos ECM estão disponíveis nos sistemas de streaming Apple Music, Amazon, Spotify, Deezer, Tidal e Qobuz. Entre os seus artistas contam-se Keith Jarrett, Arvo Pärt ou Paul Bley.
A ECM diz-se vencida, mas não convencida, como se pode ler na sua declaração oficial sobre o tema. “Ainda que os meios preferidos da ECM continuem a ser o CD e o LP, a primeira prioridade é que a música seja ouvida. O catálogo físico e a autoria original são as referências cruciais para nós: o álbum ECM completo, com a sua assinatura artística, a melhor qualidade de som possível, com a sequência e a dramaturgia intactas, contando a sua história do princípio até ao fim”.