Venha o rap misógino pelas vozes de BONES e derivados que aqui não tem lugar. Why? oferecem a primazia das suas composições à auto-comiseração e ao peso suportável do arrependimento; ao «foda-se, que merda», ao «foda-se; podia ser pior, pelo menos». É precisamente pelos meandros de uma curiosidade estóica que «Good Friday» desenvolve a sua ambiência monocórdica, por meio da vergasta da indiferença, do martírio lôbrego da vulgaridade quotidiana. A esta se sobrevive, mais putrefacta, menos putrefacta, motivando um ou outro vislumbre de clarividência – congregações com que Why? de quando em vez se distraem.
Coadunam portanto violência existencial e avulsos e amiúdes semblantes meditando o horizonte. Ainda assim, contemplações tantas perderão jamais a gravosa consciência da execrabilidade humana. Nesse sentido, e em todos os outros, frente para trás, trás para a frente, esta amálgama de rap e pop obscuro que define Alopecia, de audazes texturas e fluidez largamente ponderadas, será jamais apenas misógina; cerram os olhos ao género, e a misantropia é, esta sim, o passeio ao longo do qual os Why? dançam, de rosto fechado e custoso.
