Esteve para acontecer em março mas a pandemia atirou o concerto dos Band of Horses para novembro. Com o adiamento forçado, a banda de Seattle voltou a Portugal para apresentar Things Are Great, naquele que é já o sexto disco gravado pelos Band of Horses desde 2006, ano do registo de estreia de Everything All The Time (que nos deu a belíssima “Funeral”).
Num Coliseu a meio gás e longe de estar cheio, os norte-americanos, com Ben Bridwell à cabeça, abriram o set num registo mais folk com “St. Augustine” e “For Annabelle”. Depois, guitarras mais rasgadas numa aproximação ao rock mais clássico, muito “american style”, alternando entre Cease to Begin e Infinite Arms, os discos mais rodados na noite do Coliseu.
Oportunidade também para Brett Nash, o novo guitarrista que substituiu Ian MacDougall já este ano, pisar solo português naquele que foi o último concerto da tour europeia. Entre elogios à sala lisboeta (aquele tecto há-de ser sempre fabuloso) e algum air guitar um pouco mais descomplexado entre o público, os Band of Horses ainda sacaram duas covers no alinhamento.
Se a primeira, uma versão dos Elk City, era praticamente desconhecida, a segunda arrancou logo reação imediata generalizada. E os anos 80 vieram à baila com “Never Tear Us Apart” dos INXS antes de “The General Specific” encerrar a noite em Lisboa.