Os Thee Oh Sees talvez sejam actualmente o maior fenómeno do punk rock. Por todos os motivos e mais alguns.
Não se lhes pode apontar quase nada.
Vêm crescendo a cada álbum, desde Castlemania que simplesmente rebentou com tudo e todos. Atingiram o estrelato com Carrion Crawler/The Dream, reforçaram o seu estatuto com o brilhante Putrifiers II e parece que querem atingir o patamar de deuses do punk com Floating Coffin.
Para quem já os viu ao vivo, e eu fui um deles, pode-se mesmo dizer que são melhores em palco que em disco. Tem energia para 10 concertos seguidos, qualidade q.b., carisma para dar e vender, e ainda a simpatia que falta a muitos – fiz um belo chichi ao lado de Dwyer que delicadamente me perguntou de onde era e ao ouvir Portugal esboçou um sorriso de quem lá passou uma bela experiência. Ou isso ou era do whisky que ambos tínhamos na mão.
O bom de Floating Coffin, ao contrário dos anteriores álbuns, é mesmo ver a abertura a uma abordagem mais… ecléctica? Continua a ser barulho do bom, mas algo me diz que vão conquistar uma falange mais abrangente de fãs.
Tudo é bom em Floating Coffin, mas a destacar algum tema vou por “Toe Cutter – Thumb Buster” e “No Spell”. A força destes meninos bem demonstrada em tons de potenciais singles.
Só temos de gritar “Woooo!” e deixar entrar a guitarra.
Parece fácil não parece?