O problema de Rouse será sempre 1972. Seu ano de nascença e também o titulo de um dos melhores álbuns dos últimos anos.
Depois de 1972, ainda comprei Nashville mas não foi a mesma coisa. E ao ouvir Subtitulo pensei que estava tudo acabado, de tal maneira que só ouvi um par de músicas de El Turista no final do ano passado. O melhor que vos posso dar como comparação é a evolução da actividade sexual que vai desde o primeiro mês que conhecemos uma rapariga ao casamento. Tal e qual.
A verdade é que me realizei da injustiça que estou a cometer. Sim, Rouse nunca mais conseguiu atingir a genialidade de 1972, mas honestamente isso seria quase impossível. Na realidade mantém uma consistência incrível, tirando da cartola álbum após álbum melodias simples, cativantes e de uma riqueza lírica inteiramente relevante.
The Happiness Waltz não foge à regra. Em jeito de reflexão por entre temas simpáticos e bem arranjadinhos, Rouse parece querer transparecer o que há muito me parece óbvio, ele merecia mais, muito mais. Provavelmente como as nossas actuais esposas.
Sem querer oferecer grande destaque, “A Lot Of Magic” ficou-me no ouvido, “It’s all in the air, It’s a lot like magic”.
No entanto fica sempre aquele travo de que 1972 parece distante. Tão distante como eu de me casar.