Galavanting apura ainda mais a forma dos Time For T, que se superam em canções positivas. É pena que o disco seja curto.
Depois de Time for T, EP com 6 músicas, em 2016 e Hoping, Something, Anything em 2017, parecia que esta banda multinacional (com membros de nacionalidade inglesa, brasileira, espanhola e portuguesa) tinha atingido o pico, com canções simples e bonitas, embaladas pelo timbre de Tiago Saga.
Então surgiu este Galavanting, disco de 7 faixas e que peca principalmente por esse motivo, não chegando a meia hora de audição, ficando a saber a pouco por bons motivos.
“Calling Back,” primeiro single retirado deste trabalho apresenta ainda a novidade de ter uma parte cantada em português, neste disco que expande e aprimora as influências distintas da banda, do folk rock soalheiro ao dream pop liderado por guitarras limpas de grandes efeitos onde as frequências harmónicas nos embalam, passando por uns toques de blues psicadélicos.
Os temas da vida moderna e actual, sempre preocupada com as aparências, especialmente nas redes sociais é um dos temas recorrentes, como em “Pink Marshmellow” onde Tiago Saga refere a falsidade encenada, “pink marshmallow in your caffeine/ it tastes so bad but it looks so good/ old hashtag on your facebook” e em “Screenshot” reflecte “if I screenshot my life right now, would it be worth the backup on the iCloud?”
Segundo a banda, Galavanting começou a nascer numa viagem de auto-caravana, tendo os Time For T decidido gravar em vários estúdios e locais distintos para capturar o espírito de cada local. O próprio nome do disco é indicativo deste percurso sempre pontuado com canções positivas. Em “You Seem Intelligent”, última faixa do disco, a banda canta “I’ll do my very best with the time I’m given/ ‘cause something in your eyes tells me you’re a good person”. Se esta diversidade de locais transparece no disco será uma questão de sensibilidade ou conhecer a história.