Jogar ao jogo da culpa. Desliga tu. Não desliga tu. Já não gostas de mim… com quem é que estás a trocar mensagens? Quem era aquele gajo que estava a falar contigo? Porque é que não me ligaste de volta? A culpa é tua. Não, a culpa é tua. Adoro-te. Adoro-te mais. Sacana. Odeio-te.
Em, “Blame Game”, do brilhante My Beautiful Dark Twisted Fantasy, Kanye West joga na perfeição com o amor a passar a ciúme a passar a acusações a passar a raiva, a passar a coração partido, a passar a uma nova relação. Com o amor que se confunde com obsessão. Dar de caras com a traição. O outro, com ela, na voz de Chris Rock, a disfrutar de todos os prazeres conhecidos e desconhecidos. Yeezy tought me.
É o fim de uma relação de West dissecado em canção. E John Legend, doce, como o piano, ao longo de toda a música, a colmatar as falhas vocais de West. Impõe-se o repeat, até se decorar o monólogo de Chris Rock, o outro, o novo amante.
