Monchmonch e Humana Taranja incendiaram as velas do bolo de aniversário da Saliva Diva … as velas, o palco e a sala toda! Que baile!
A Saliva Diva faz 5 anos de luta, e como se isso não fosse suficiente para a nossa enorme satisfação e gratidão, os nossos heróis da invicta decidiram marcar uma série de concertos pelo país fora! No sábado passado, foi a vez da Musa celebrar ao som e ao balanço de Monch Monch e Humana Taranja! E que bela celebração!
Os Humana Taranja apareceram no meu radar no início de 2023, com a edição do refrescante Zafira que foi crescendo no meu ouvido até rebentar quando tive a sorte de os ver em cima de um palco, em maio do mesmo ano no Capote Fest – dia em que, com toda a certeza, terão ganho mais uns tantos fãs, dada a entrega e a dinâmica que o quinteto barreirense alcança ao vivo. No final do ano passado, repetiu-se a dose … desta vez, reforçada com um belo Eudaemonia, a galopar a cada audição, e um respectivo concerto de lançamento na ZdB, a comprovar que a química do palco leva aquelas canções ainda mais longe.
E se do primeiro para o segundo álbum, a música dos Humana Taranja parece ter ganho densidade e corpo, as suas atuações vêm acrescentando maturidade e um espírito de celebração de (permitam-me a liberdade) Amor Punk, que extravasa do palco para a plateia até que ambos se misturem ao som do hino “Podem Entrar”. Uma Musa à pinha cantou as letras, saltou, beijou, dançou, moshou, sorriu e entregou-se à Wall of Death (ou terá sido uma Wall of Love?) espicaçada pelo diabólico Alex D’Alva aquando de “Deixa Arder”!
Não era preciso, mas MonchMonch, não só deixou arder como decidiu juntar mais achas para esta fogueira de celebração. O surrealismo punk tropical do colectivo que juntou ao artista paulistano aos nossos Baleia Baleia Baleia, após um longo percurso colaborativo coroado com a recém tour pelo Brasil, agarrou o público da Musa do princípio ao fim do concerto à conta da sua loucura de intervenção, ritmos pegajosos e viciantes e uma guitarra capaz de enfeitiçar a serpente mais empedernida!
Numa celebração Amor Punk parte dois, ou parte tudo … menos ossos e corações, Monchmonch deliciou-nos com pérolas do seu primeiro longa duração Guardilha Espanca Tato (de 2023) como “Vampira”, “Bully” ou “Ruínas”, misturadas com preciosidades que podemos encontrar, por exemplo, no registo Ao vivo no Zigurfest (2024) como o eletrizante “velhosbrancosjovenscarequinhas”, que resultou em mosh efervescente e o brilhante “jeff bezos paga um pão de queijo”, que motivou o maior coro da noite.





















