Tudo a postos para a grande romaria do ano? Claro que sim! O NOS Alive está por dias e por isso é bom ir aquecendo os motores.
O NOS Alive aproxima-se da maioridade. É já a décima sexta edição do maior Festival de Música do país, pelo que a vénia da longevidade exige-se, e considera-se feita. É de se lhe tirar o chapéu. Nos próximos dias 11, 12 e 13 serão milhares, aqueles que rumarão ao Passeio Marítimo de Algés para três tardes / noites de concertos, animação, cerveja, convívio entre amigos e muitos conteúdos para os instagrams da vida, que isso também não pode faltar nos tempos que correm. Mas porque o que nos move é a música, talvez valha a pena olhar para o cartaz e para os horários das bandas e dos artistas que não vamos querer perder. Organização acima de tudo, mesmo sabendo nós que quando chega o dia, quando chega a hora, tudo parece que se desorganiza e os rumos que tomamos, por vezes, são inusitadamente outros, escapando-nos por entre os dedos o que havíamos pensado antes. Também isso faz parte do encanto destas coisas, não é verdade? Claro que sim. A pergunta era retórica.
Ora vamos lá tomar notas. Horas e palcos marcados, tudo prestes a ter início, pelo que são os nomes de quem atua aquilo que verdadeiramente importa. Assim sendo, as escolhas dependerão dos ouvidos de cada um, e os nossos inclinam-se para os que constam a seguir. Vejamos, pois.

Dia onze, quinta feira: Arcade Fire, The Smashing Pumpkins, Benjamin Clementine, Black Pumas, Jessie Ware, Unknown Mortal Orchestra e Parcels. Ah, e alguma curiosidade para ver como são ao vivo os britânicos Nothing But Thieves. Entre gente nova e outra bastante mais antiga, por estes concertos os nossos olhares irão passar, mesmo que apenas pelo que representam / representaram no passado. Portugal já os conhece, a quase todos eles, pelo que se adivinha alguma alegria nos reencontros. Tudo isto nos Palcos Heineken e NOS, entre as 17.50 e as 01.30 horas. Fugindo destes lugares sagrados, há ainda o WTF Clubbing, onde os Bateu Matou atuarão por volta das 20.50. Para primeiro dia, nada mau.

Dia doze, sexta feira: é o dia de Dua Lipa, artista que continua a dividir opiniões. No Altamont também, e até por isso mesmo vamos querer vê-la, pois claro. Mas para além da vedeta pop global, há ainda lugar para a norueguesa alternativa de nome Aurora, Floating Points, Michael Kiwanuka, Larkin Poe e o seu blues rock, Sea Girls (pop inteligente, ritmado, cujo nome da banda deriva de parte de uma letra de uma canção de Nick Cave “mal interpretada” – vão investigar que vale a pena) e para as electrónicas divagantes de Tourist. Mais uma boa fornada de concertos que não nos desiludirão, estamos certos disso.

Já no sábado, último dia do Festival, nova onda de música, para que tudo termine em beleza. Os veteranos Pearl Jam são claramente os cabeças de cartaz, sobretudo do agrado dos saudosistas do grunge de outros tempos. Para os mais apunkalhados, os Sum 41 estarão na ementa. Mas é bom não esquecer outros nomes, como Alec Benjamin, Khruangbin (que bela canção é “So We Won’t Forget”, caramba!), The Breeders, pois então, mas também e ainda Catarina Branco, que entretanto “já deve ter mudado a cama”. Iremos verificar se assim é. Uma última referência para o nosso muito estimado Manuel João Vieira, que no Palco Comédia irá fazer, seguramente, das suas.
Feitas algumas das nossas escolhas, resta ir virando as páginas do calendário e preparando o corpo e a alma para a correria do costume. O Altamont tudo fará para que cortemos a meta num lugar honroso. Até breve!