Estão a chegar os 3 dias do ano pelos quais tanta gente espera. O NOS Alive 2019 está por horas e o que aqui vos mostramos é apenas uma parte do muito que se poderá ver e ouvir no Passeio Marítimo de Algés. Serão, como sempre, 3 dias de intenso corrupio, e o Altamont não faltará a essa tão esperada algazarra.
Desde 2007 que é assim: muitos e bons e variados concertos para os amantes de festivais de música. Agora, em julho de 2019, não será diferente. Alguns salientarão um cartaz menos marcante nesta presente edição. Outros afirmarão o contrário. Haverá ainda quem não se reveja em nenhuma dessas ideias tão radicais. Isso de nada importa. A verdade é que a nova edição do NOS Alive está mesmo a chegar, e isso é sempre motivo de contentamento! Assim sendo, tome nota dos concertos daqueles que, para nós, merecem o maior destaque. E, sobretudo, desfrute das nossas propostas, não esquecendo nunca as suas próprias preferências.

11 de julho, dia 1: os palcos serão os 7 dos tempos mais recentes, se nesse número contarmos com o palco de entrada, o Pórtico NOS Alive Entrance. Vamos aos concertos e aos locais dos mesmos, então. No Coreto By Arruada Stage (CBAS), os portugueses Jasmim e Vaarwell serão, na nossa opinião, os nossos preferidos. Jasmim a abrir o CBAS, os Vaarwell a fechá-lo. Já no EDP Fado Café (EDPFC), o dia será em grande, apostando-se num nome que começa a agora a despertar – Tiago Nacarato, em sessão dupla -, e no já bem conhecido Camané. Para encerrar o dia nesse particular espaço do Festival, grande curiosidade para ver e ouvir Variações. Não o António que nos deixou há muito, mas a banda formada para corporizar o mítico cantor e compositor e que atua no filme homónimo que chegará aos cinemas em agosto. O concerto Variações acontecerá nos 3 dias do Festival, sempre a encerrar o espaço EDPFC. No Palco NOS Clubbing Stage (PNCS), a nossa óbvia aposta irá para Emicida, o rapper brasileiro que já trabalhou com Vanessa da Mata e Caetano Veloso. Um pouco ao lado, no Palco Sagres Stage (PSS), os destaques acabarão por recair no indie-folk-rock de Sharon Van Etten, assim como nos eletrónicos e dançantes ingleses Hot Chip, que seguramente apresentarão ao público o seu recentíssimo A Bath Full of Ecstasy. Já no principal Palco NOS Stage (PNS), e uma vez que devemos destacar apenas alguns (sendo que todos os nomes poderão merecer atenção particular), serão os Ornatos Violeta, pois claro, o nosso primeiro destaque, e depois, lá mais para o virar da noite, os The Cure darão a tão esperada missa para os muitos fiéis portugueses que os seguem para toda a parte há várias décadas. Nós honraremos o extraordinário percurso de Robert Smith no mundo da música, e lá estaremos, numa das filas da frente, em atitude beatífica. Entre os portuenses e os góticos ingleses, os Mogwai farão soar o seu post-space-rock de tendência melódica.

12 de julho, dia 2: comecemos pelo CBAS, o palco mais português do Festival, embora nem sempre nele se cante em língua lusa. A curiosidade em espreitar Marinho e Sreya é alguma, por isso andaremos por lá às horas dos respetivos concertos. Mas será no PSS que os nossos olhos e ouvidos estarão mais atentos, sobretudo quando atuarem Johnny Marr (a sua guitarra continua a valer ouro, embora se sinta eternamente a falta do seu primeiro mítico parceiro) e, um pouco mais tarde, a icónica, embora nem sempre por razões meramente musicais, Grace Jones. A jamaicana fará a sua estreia em Portugal aos 71 (!!!) anos de idade, e apesar de já não poder ter a graça dos seus tempos de “La Vie En Rose”, será interessante poder ver o que a mítica May Day (nome da mortífera personagem que Grace Jones interpretou em A View To a Kill, de série 007) tem ainda para oferecer. Nesse mesmo palco, já com a madrugada bem entrada, os australianos Cut Copy marcarão presença e assegurarão um final feliz para o segundo dia do NOS Alive 2019. No entanto, no PNS haverá muita coisa importante a acontecer. Assim de rajada, ficam os nomes de Primal Scream (sempre enormes, sempre festivos), Greta Van Fleet e Vampire Weekend, que certamente trarão consigo velhas e novas canções, uma vez que o recente álbum a isso obriga. Depois, já na segunda hora do dia 13, Gossip fechará o palco maior do Festival.

13 de julho, dia 3: Maria Rui será o destaque maior do CBAS, misturando bossa, jazz, pop, fado e o que mais lhe aprouver. E este será o dia em que no CBAS se abrirão portas a músicos de outras nacionalidades, como acontecerá com NELSØNN e Chilè. Já no EDPFC os destaques, em concertos duplos, irão inteiramente para Márcia e Fábia Rebordão, não esquecendo, como já aqui se mencionou, o terceiro concerto de Variações. A nossa curiosidade, no que diz respeito ao PNCS, irá direitinho para a dupla eletrónica (mais ou menos) punk com travo a world music chamada Nova Materia. Outra dupla que também espreitaremos será Bob Moses, canadianos mais delicados e doces, sobretudo se comparados com a anterior parceria franco-chilena mencionada com nome quase cem por cento português (faltando-lhe apenas um esdrúxulo acento para ser expressão cá da terra). Entretanto, no PSS, algumas coisa boas e suculentas. Referimo-nos a Rolling Blackouts Coastal Fever e aos Idles, naturalmente. Mas haverá mais, ao virar do dia. Thom Yorke apresentará o belíssimo Anima e será para aí que todos os ouvidos se voltarão. Já no PNS, as maiores expectativas recairão nos portugueses The Gift (novo álbum, novo espetáculo ao vivo), nos nuestros hermanos Vetusta Morla, Bon Iver, The Smashing Pumpkins (como terá envelhecido em palco Billy Corgan?) e, sobretudo, The Chemical Brothers. Assim se concluirá o derradeiro dia do Festival.
Como já vem sendo tradição, o Altamont tentará fazer-vos o relato do melhor que no Passeio Marítimo de Álges for acontecendo. Aqui no site, mas também nas nossas redes sociais. Seremos os olhos e os ouvidos daqueles que nos quererão ler e escutar. É estarem atentos. Já não falta muito…