Maio traz-nos a segunda edição do Taina Fest. O dicionário diz-nos que a origem da palavra Taina é obscura e de um norte informal, mas também nos garante que é “Festa animada que envolve comida e bebida, geralmente com bebidas alcoólicas = BORGA, BRÓDIO, PÂNDEGA”. O Taina Fest tem como objectivo juntar boa comida e boa música.
A organização estará novamente um trabalho conjunto entre a Lovers & Lollypops e a Associação Terapêutica do Ruído.
Segundo a organização há algumas regras que têm que ser respeitadas:
“A primeira regra é que não há melhor comida do que a da mãe, mesmo que sejas filho de jibóia. Jibóia da Mãe é fusão dos projectos de Filho da Mãe e Jibóia. Guitarra acústica de um lado (Rui Carvalho da Mãe), guitarra eléctrica do outro (Óscar Jibóia da Silva). A portugalidade hardcore e o oriente psicadélico no mesmo prato. Cabeça foi um dos nossos discos preferidos de 2013. O segundo longa duração de Jibóia, ainda à espera de ser lançado, já tem esse lugar guardado em 2014. Jibóia da Mãe é a prova que, ao contrário de tremoços com molho de bifana, duas coisas boas juntas podem dar bom resultado.
Importante também lembrar que deve fechar a boca enquanto mastiga. Mas não há como resistir ao universo encantatório de Alek Rein,heterónimo criado por Alexandre Rendeiro. Em 2011, lançou Gemini, EP de estreia carregado de psicadelismo bucólico e histórias épicas. Há coisas novas para ouvir que se esperam tão inspiradas como estes cinco temas. À prova no próximo sábado.
Terceira regra: é permitido fumar. Entrelacem o fumo de modo a imitar os desenhos que a Nicotine’s Orchestra ensaia no disco “Gypsicalia” (2012). A casa é o rock n’roll, mas há caminhos soul, relva em forma de blues, o sol da tropicália. Tudo responsabilidade de Nick Nicotine (Carlos Ramos), homem do Barreiro que gere um estúdio (King), um festival (Barreiro Rocks), uma editora (Hey! Pachuco), já lançou um best of (77?13) e dá o corpo às balas numa série de bandas.
Por último, é essencial esquecer conceitos importados de culinária com pretensões cosmopolitas e sabor duvidoso. Reinventem-se outras coisas, como Pedro Lucas faz, desde 2010, com O Experimentar Na M’Incomoda. No Taina Fest, vai apresentar o seu novo projecto Medeiros/Lucas. Carlos Medeiros, figura de culto no circuito da música tradicional portuguesa, foi inspiração para O Experimentar graças ao seu trabalho “O Cantar Na M’Incomoda” (1998) e agora é corpo presente. Há acordes que ligam os Açores à ibéria, ao norte de África. Há textos de Miguel Cervantes, de Armando Côrtes-Rodrigues.”
Local: Grupo Excursionista e Recreativo Os Amigos Do Minho, Rua do Benformoso 244, Intendente
Horas: 16h às 22h
Preço: 5€ (oferta de petisco)
