Depois de começar o Grand Slam dos festivais nacionais com o Optimus Primavera Sound, no Porto, eis que chegamos ao primeiro grande festival digno de seu nome em plena capital portuguesa, o Optimus Alive! versão 2013. Este festival citadino, já na sua 7ª edição, sempre primou pela vinda de bandas consagradas em contraponto com bandas em ascensão. E este ano não podia ser diferente. Com este misto o festival consegue chegar a vários tipos públicos, aqueles que vêm apenas para ver a sua banda de eleição, este ano bem vincado em Green Day,Depeche Mode e Kings of Leon, outros que vêm para as bandas em ascensão ou que já têm uma grande força mas não são bandas com o tamanho das acima referidas, como é o caso dos Tame Impala, Alt-J ou Django Django, e ainda outros que vêm para ter dias de festa com muito rock à mistura (ou electro para quem preferiu a tenda Optimus Clubbing).
12 de Julho

O primeiro dia do festival começou com os portugueses Quelle Dead Gazelle a abrir o palco Heineken, muitas vezes mal referido como Secundário, mas que para um grande número de pessoas presentes nos três dias, foi mais Principal que o verdadeiro. O duo nacional constituído por Miguel Abelaira e Pedro Ferreira, vencedores do festival termómetro deste ano, trouxe-nos, ainda com pouco público a assistir muito dele ainda sub-18, 20 minutos de rock instrumental, meio psicadélico meio post-rock conseguindo conquistar o pouco público presente. Depois de PAUS e Black Bombain, parece que o rock instrumental nacional está a ganhar força. Uma banda a ter em conta.
Num festival com uma temperatura e tempo completamente atípico para esta altura do ano e sobretudo se tivermos em conta o inferno que esteve nas últimas semanas, não era de todo previsível que tivéssemos tido os três dias de céu encoberto e de temperatura mais outonal, chegando por vezes a cair pequenos pingos, principalmente no primeiro dia. Curiosamente, hoje que vos escrevemos estas linhas, o sol está de volta. Que pena…
Mas conversas de meteorologia à parte, o que realmente interessava era a música e essa foi muito bem entregue pelo senhor que se seguia, Jamie N Commons, um natural de Bristol que de britânico tinha muito pouco. Não fosse o seu pequeno sotaque aquando das conversas com o público e poderíamos pensar que estávamos perante um qualquer nativo da América profunda. Com um look entre os anos setenta e o início dos noventa, Jamie trouxe-nos algumas músicas dos seus EPs, The Barons (2011) e Rumble and Sway deste ano, misturando Tom Waits com Nick Cave e piscando o olho à voz de Paolo Nutini. Um som tipicamente americano que ganhou alguns fãs no público.
Após uma breve passagem pelo palco principal para dar uma espreitadela a Stereophonics, confirmámos o que já se estava à espera. Uma banda com pouco interesse e que pouco trouxeram de novo à música e não foi com o seu último trabalho Graffiti on the Train que isso mudou.

Voltando ao palco Heineken desta vez para ver o duo americano, Deap Vally, constituído por duas mulheres de muita garra. O duo power punk trouxe energia a rodos em versão feminino mas a força de qualquer homem de barba rija. Delas, que estavam em Portugal para apresentar o seu primeiro disco, Sistrionix, diz-se que são uma mistura entre White Stripes com Led Zeppelin, com alguns toques de Janis Joplin e Kills. Comparações à parte, de facto estas senhoras têm barulho do bom, e o público, a esta hora já bem composto, aderiu e ficou impressionado (sobretudo o masculino por outras razões também) com músicas como “End of the World” ou “Baby I Call Hell”.
Enquanto muita gente deliciava-se com o rock tatuado dos Biffy Clyro no palco principal, para quem se manteve no alternativo a mudança foi fácil, passando de um duo feminino para um masculino, o terceiro da noite, para compensar o cancelamento dos Death From Above 1979, uma das bandas mais esperadas.
Os Japandroids, Brian e David, de Vancouver, Canada apresentaram-se em excelente forma, debitando guitarra e bateria em doses excessivas e agarrando os seus alguns devotos fãs desde o início. Baseando-se mais no seu recente Celebration Rock, fizeram com que os cerca de 45 minutos de actuação passassem num instante, sendo o ponto alto o single “The House that Heaven Built”.
Seguiram-se os portugueses Dead Combo, desta feita coadjuvados por Alexandre Frazão na bateria. Competência, já todos sabemos, não lhes falta e só quem anda muito distraído não vê que está aqui uma das bandas topo do nosso cantinho. Do alto dos seus 10 anos de carreira que já levam conquistaram miúdos e graúdos, portugueses e estrangeiros com a sua mistura única de fado, tango, rock, ritmos africanos. Destaques para o já tão deles “Temptation” (original Tom Waits) e “Lisboa Mulata”.

Ao mesmo tempo no palco Optimus, tocavam os irlandeses Two Door Cinema Club com o seu indie dançante que quando funciona (“Cigarettes in The Theatre”, “I Can Talk”, “What You Know” ou “Sleep Alone”) não deixa ninguém indiferente e a vibração no público sente-se mas no resto das músicas, sobretudo as do último disco Beacon, o som do palco serve quase como uma música de fundo para quem está presente. O Palco demasiado grande para aquela hora do dia também não ajudava. Mas os Two Door provavelmente nunca serão dignos de um palco tão grande em nome próprio. Uma banda de festival boa para passar o tempo e dar uns minutos de diversão mas pouco mais.
Com o fim do concerto dos Two Door Cinema Club o palco principal começou a encher rapidamente para a primeira banda grande do dia, a que trouxe, claramente, mais gente ao festival no primeiro dia, os Green Day. A banda de Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool, já não é o power trio punk que outrora foram nos inícios dos anos noventa. Longe Vão os tempos de Kerplunk e Dookie e mesmo de Insomniac (quase esquecido por todos, até pela própria banda). Os tempos de hoje são da nova geração. Coisa que algumas bandas conseguiram fazer, como os Foo Fighters ou agora os Kings of Leon, o que nem sempre é sinónimo de qualidade, por vezes, até acontece precisamente o contrário. Porém no que aos Green Day diz respeito, essa conquista de uma nova geração não foi necessariamente negativo, até porque American Idiot é um dos seus melhores discos, tendo feito os Green Day ganhar um lugar de quase super banda que parecia muito difícil pré American Idiot. Hoje, a banda californiana é cabeça de cartaz, esgota estádios e pavilhões por esse mundo fora, tem coelhos cor de rosa ao som dos Ramones antes de abrir os concertos, canhões de t-shirts e metralhadoras de papel higiénico, convidam gente para o palco para tocar nas suas músicas, têm um à vontade com o público que o deixa delirado, lançam óperas-rock e três discos num só ano (¡UNO!, ¡DOS!, ¡TRÉ!) e fazem concertos de mais de duas horas. Isto vindo de uma banda punk rock que nunca pareceu querer saber de nada nem ninguém. E conta com um público novo e fiel, e honras lhe sejam feitas, não precisam de tocar os tais hits do início da carreira que os deram a conhecer ao mundo para terem um grande concerto, como outras bandas que têm um U e um 2 fazem. Gostos à parte, os Green Day deram-nos um grande concerto e quem assistiu não se desiludiu certamente, mesmo quem tenha ido só para ver as do seu tempo.
Para quem ficou no palco Heineken, o concerto de Edward Sharpe & The Magnetic Zeros era um dos mais aguardados da noite. Uma legião de fieis fãs foram neste dia ao festival quase apenas para assistir à estreia destes norte-americanos. Porque algo de espiritual envolve esta banda composta por imensos elementos, nem dá quase para contar. É uma autêntica trupe, de tipos freaks, mas extremamente afáveis. Alex Ebert desce do palco para abraçar e cantar com o público e Jade Castrinos não deixa cair nunca o seu belo sorriso.
Começaram o seu curto set de 10 canções com “40 Day Dream” e passam por “That’s Whats Up”, “Man On Fire” e claro, para êxtase total da plateia, por “Home”, música bem maior do que o seu assobio. O palco Heineken estava cheio por esta hora o que claramente pede um regresso (prometido por Ebert) a Portugal, de preferência em nome próprio.

Quem for ver Vampire Weekend ao vivo não pode nunca esperar solos de guitarra ou de bateria ou momentos de loucura do vocalista. A banda de Nova Iorque é um bom exemplo de rock educado e em concerto são exactamente isso: tranquilos atrás dos seus instrumentos, embevecidos com o público eufórico que não se calava nem parava de bater palmas e empenhados em tocar na perfeição aquilo que gravaram em disco, sem arranjos invulgares. Mas isto tudo é bom. Bom demais. Os temas saem limpinhos, cristalinos quase como se a nossa aparelhagem de casa tivesse de repente ganho um corpo físico. Eles até trouxerem um papel de parede de flores e um espelho retro para decorar a sala a rigor. Como se tivessem convidado os amigos lá para casa para fazer uma festa que se descontrola mas sem nunca partirmos as decorações.
Começaram logo a abrir com “Cousins” e “White Sky”, depois “Diane Young” e “Step” do mais recente álbum, pelo meio “Horchatta”, “A-Punk”, “Diplomat’s Son” e “Walcott” a terminar. Podia estar a chuviscar lá fora, mas nós estávamos – só de alma e não de corpo – de chinelos e pés na areia ao sol morno de fim de tarde a dançar e a lembrar-me de Paul Simon e da sua espécie de folk afro-americana de intervenção. Foram o nosso shot de felicidade e um dos melhores concertos que vimos no Alive este ano.
Com o fim do concerto de Vampire Weekend o corpo pedia algum descanso e reposição dos níveis mas os Crystal Fighters não deixavam. A banda britânica/espanhola não deixou ninguém ficar parado no palco Heineken, e das colunas debitavam os últimos beats de Cave Rave, o seu mais recente trabalho. Uma autêntica festa. Isto quando à mesma hora Steve Aoki fazia o mesmo para quem se encontrava no palco Optimus.
Mas quem pensava que a festa tinha acabado, enganava-se. Com o cancelamento de Death From Above 1979, a organização teve que encontrar uma solução de última hora. Surpresa das surpresas, a escolha recaiu sobre Marky Ramone e o seu projecto Blitzkrieg com a participação de Andrew W.K. Apesar do palco já se encontrar a meio gás, obviamente devido ao adiantado da hora (3 da manhã), não tardou muito até à banda do mítico baterista dos Ramones pôr os que ainda se aguentavam em pé a saltar, empurrar e dançar as grandes malhas que Joey Ramone cantava há umas décadas atrás. “Blitzkrieg Bop”, “Sheena is a Punk Rocker” fizeram aparecer um rodopio de empurrões no centro do público, algo que pouco se vê em festivais indie. Mas os Ramones não eram Indie e não pediam comportamentos Indie, aliás, era o próprio W.K. que incentivava ao caos. Houve até momentos de Crowd Surfing por elementos de uma certa banda portuguesa que tocava no dia seguinte no mesmo palco. Eles sabem quem são, até porque o repetiram no seu próprio concerto. Mítico.
Acabava em grande o primeiro dia do Optimus Alive. Um palco principal a meio gás até à chegada de Green Day e um palco alternativo sempre em crescendo até à explosão punk de Marky Ramone.
13 de Julho

O segundo dia do festival começava da mesma maneira que o dia anterior. Nublado e friorento e apesar dos Depeche Mode serem um grande nome, talvez o mais forte do festival em termos de grandeza e número de fãs, o resto do cartaz de ambos os palcos não puxava da mesma maneira que o primeiro e o terceiro dia o faziam, porém isso não iria fazer esmorecer um público com muita vontade de ouvir (boa) música e ela lá estava, sobretudo no palco alternativo.
E esse começou verdadeiramente com os norte-americanos DIIV (lê-se Dive) que vieram a portugal com o seu primeiro disco, Oshin (lê-se Ocean), na bagagem. E que bagagem foi essa. A banda de Brooklyn (mais uma) que deve o seu nome a uma música de Nirvana, “Dive”, tem as influências um pouco mais em inglaterra. Bandas como Chameleons, My Bloody Valentine, Bolshoi ou Cocteau Twins sentem-se na sua música mas também a influência dos Horrors é bem presente. O concerto começaria com os parabéns dados pelo público a Devin Ruben Perez que aparentava ser um filho de Macauley Culkin com Kurt Cobain. Com Oshin os DIIV trazem de volta o post-punk, o rock semi-instrumental e semi-depressivo, shoegaze e meio krautrock que foi bem patente no seu primeiro concerto em Lisboa. O público esse ficou rendido, sobretudo com a parte final do concerto onde “Doused” meteu quase toda a gente a olhar para os seus all-star e a abanar a cabeça. Oshin foi um dos bons discos do ano passado e os DIIV mostram porquê no Optimus Alive.

Com o final do concerto da banda de Brooklyn, poucos foram os que se aventuraram a um passeio pelo palco principal onde os portugueses Oquestrada tocavam o seu som muito nacional. Confessamos que não era o momento mais indicado para mudar de palco até porque em poucos minutos subiria ao palco uma das presenças mais belas dos três do festival. Foi, certamente, o primeiro raio de sol a surgir no Optimus Alive. Natalie Bergman dos Wild Belle é realmente um doce, tal como a sua voz e a pop solarenga da banda já fazia falta a um festival que primava mais pelo post-punk ou punk-rock. Porém, apesar de prometer muito o concerto acabou por ser algo morno e não mexeu muito com o público presente que só esboçou umas mexidas na anca em “It’s Too Late” e “Keep You”.
Para ver se a coisa aquecia dirigimo-nos para o palco Optimus para ver o que seria desta reunião dos Jurassic 5. Eles que trouxeram um Hip Hop Gourmet. Género tradicionalmente desprezado nos festivais cá da terra, desta vez dificilmente a representação da nação Hip Hop podia ter sido melhor delegada. A meio da tarde, bem de dia e a horas da subida ao palco dos infames Depeche Mode, estrearam-se em terras do Sam the Kid os Jurassic 5. Em festival indie, quatro mc’s e dois djs, fizeram a festa, apresentaram obra aos mais distraídos e no final despediram-se com mais umas centenas de fãs. Quem conhecia gostou, quem não conhecia passou a gostar. Haters will hate.
Verdadeiros Mestres de Cerimónia, Chali 2na, Akil, Zaakir e Mark 7even, na companhia de Nu-Mark e Cut Chemist, cumpriram a missão. Apresentaram Hip Hop Gourmet, longe dos sonhos megalómanos de Kanye e dos disparates de Snoop, com classe e um balanço assustador. Tirassem a música e soariam a coro, calassem as vozes e teriam a pista aos pulos, misturem e o resultado é absolutamente genial. Ao vivo, “What’s Golden”,”Quality Control”, “If You Only Knew”, soam melhor que em disco. E isso, só verdadeiros músicos conseguem.

Após os beats e breaks no palco Optimus, no Heineken a melodia era outra. Rhye, a banda que faz lembrar Sade trouxe-nos um dos melhores concertos do dia e muito provavelmente de todo o festival e isto sem dar cabo de nenhum amplificador. O som bastante calmo e smooth mas nunca monótono da banda de Los Angeles que apresentava em Lisboa o seu primeiro disco de originais, Woman, foi uma verdadeira pedrada no charco do ambiente rock do festival. A pausa perfeita, especialmente porque o concerto se deu na altura do pôr do sol o que conferiu um ambiente ainda mais cool ao concerto que se encontrava cheio mesmo com a concorrência que os Editors apresentavam. Músicas como “The Fall” não enganam e Woman é um disco a ter em conta.
Da tranquilidade de Rhye partíamos então o outro palco para uma das bandas mais esperadas da noite.
Os britânicos Editors chegaram ao palco Optimus sabendo que iam tocar para uma multidão que aguardava o concerto de Depeche Mode, os cabeça de cartaz da noite. Começaram logo com o novo álbum, The Weight of Your Love, sem arrancar grande reacção do público, que só começou a reagir quando a banda começou a desfiar temas de An End Has a Start. “The Racing Rats”, “Bullets”, “Eat Raw Meat” ou “Munich”, do primeiro disco The Back Room, lá foram provocando algumas reacções ao público mas foi só quando atacaram “Smokers Outside Hospital Doors” que realmente conseguiram envolver a plateia, com o vocalista Tom Smith a puxar pelos refrões e pelas palmas. O jogo de luzes (já conhecido de quem já assistiu a alguns concertos) resultou menos bem do que habitualmente por ainda ser dia mas os coros e o crescendo não deixou ninguém indiferente. Já as músicas do novo disco como “A Ton of Love” ou “Honesty”, não provocaram mais do que alguns balanços de corpo. Nada de surpreendente: o disco acabou de sair e os temas são bem mais fracos do que os dos álbuns anteriores (o novo disco é, aliás, uma desilusão). A fechar, o registo electrónico de “Papillon” a aproximar o palco da pista de dança acabou por limpar o gosto insípido das novas canções.

Enquanto no palco principal os Editors continuavam a tocar a mesma lenga lenga que tocam há anos, os resistentes do alternativo tiveram o privilégio de assistir a um dos melhores concertos da noite. E logo de uma banda nacional, os Capitão Fausto. No palco Heineken, a banda lisboeta batalhava com adversários fortíssimos pois o seu set estava metido a meio de Editors e dos cabeça de cartaz Depeche Mode. Pois bem, quem ficou e assistiu de início ao fim pôde comprovar que a banda que lançou Gazela em 2011 é já um dos melhores valores nacionais e a cantar em português, o que lhes dá ainda mais valor. O concerto, constituído maioritariamente pelas canções do seu disco de estreia contou também com “A Célebre Batalha de Formariz”, música de lançamento do seu novo álbum. Os nossos Strokes Impala, partiram para cerca de uma hora de concerto feroz com direito a stage diving de três elementos da banda. O público, composto provavelmente por muitos familiares e amigos da banda, algo betinhos, diga-se, começou em empurrões desnecessários e completamente fora de tempo para o som que estava a dar (instrumentais psicadélicos). Muitos deles não se apercebem da pérola que os Capitão Fausto são. Esperamos com muita expectativa pelo seu novo trabalho.
Ora se no Heineken tocavam uma das grandes promessas nacionais no palco oposto os consagrados Depeche Mode apresentavam-se mais uma vez em solo nacional.
Os Depeche Mode são daquelas bandas que mesmo que dêem um concerto menos bom têm sempre casa cheia e pessoas que adoram. São muitos anos, muitos álbuns, muitos hits e muito carisma. O espectáculo de Sábado à noite não foi o melhor que já vimos deles, mas a essência estava toda lá: mantém-se as calças justas de cabedal, os coletes sem mais nada por baixo, os corpos elegantes que parecem não ser afectados pelo tempo (em que ginásio andam eles?), o swagg de Dave Gahan, os ecrãs gigantes que nos confirmam que os Depeche Mode são uma veterana banda de estádio. O problema foi apenas a primeira meia hora – mais coisa menos coisa – que achámos um bocado parada com temas menos pujantes. Mas depois a coisa aqueceu a partir de “Shake the Disease” cantada por Martin Gore em acústico com uma envolvência carregada, a puxar ao lado mais soturno dos Depeche. “Enjoy the Silence” e “Personal Jesus” fecharam o concerto propriamente dito, mas como cabeças de cartaz que eram e com os mais de 30 de anos que levam nos ombros, tinha de haver um encore com alguns dos temas mais emblemáticos, como “Just Can’t Get Enough”, que pôs uma multidão de cerca de 30 mil pessoas a saltar e a cantar. O momento alto da noite veio logo a seguir com “I Feel You” – um dos nossos temas preferidos – e desta vez teve um impacto especial. Os instrumentos alinharam-se todos para formar uma batida consistente. E, finalmente, pujante.
Os Depeche Mode continuavam na sua senda soturna mas havia alguém que no palco alternativo pretendia incendiar tudo e todos e ainda eram só 22:40 da noite. O seu nome é Jamie Lidell e ele é uma mistura de Stevie Wonder com Justice. A sua Soul melosa em algumas músicas como “Multiply” contrapoe-se às suas batidas poderosas como as presentes no seu último disco homónimo de 2012. Apesar de ter sido bastante animado pois a maioria dos presentes dançava como se não houvesse amanhã, ficámos com a impressão do concerto ter sido demasiado techno, sobretudo para aquela hora da noite que iria acabar de uma forma muito dançavel com 2manyDjs no palco Optimus.

Com o anacronismo que se verificou com Jamie Lidell antes de The Legendary Tigerman, dado que normalmente nos festivais o techno ou house vem a seguir ao rock, o moçambicano de Coimbra voltou a não defraudar. O seu Rock ‘n’ Roll puro e duro é já um vencedor em terras nacionais e não só. E, como sempre, o One-Man-Band não desiludiu.
A noite acabaria com mais batida de dança ao som Hercules & Love Affair e Crystal Castles. Um segundo dia algo morno mas com algumas boas actuações sobretudo no palco alternativo.
14 de Julho

E ao chegar ao último dia de festival, deparamo-nos, e o resto do público também, com a maior encruzilhada do Optimus Alive. O dia que infelizmente ou felizmente traz a maior dor de cabeça na hora da escolha da banda certa a ver em cada um dos palcos, pois ambos estão recheados de matéria de grande qualidade. Mas esta, felizmente, é uma boa dor de cabeça.
E esse ritmo alucinante começou logo às 17 horas no palco Heineken com os Capitão Ortense, banda vencedora do Hard Rock Rising 2013 que lhes valeu a abertura do palco alternativo. Infelizmente só nos foi possível chegar no fim do set mas pela reacção do público, a banda aproveitou bem esta oportunidade para se mostrar.
De seguida seguiam-se os Tribes que já tinham muitos seguidores no recinto, sobretudo britânicos, envergando t-shirts da banda. Os Tribes trouxeram na bagagem um Rock muito americano (mais outros britânicos a irem beber inspiração aos Estados Unidos) com grandes semelhanças do que se fazia no início da década de 90. Uma das razões que nos fez querer conhecer melhor esta banda foi a suposta influência de bandas como Nirvana, Pixies, Pavement ou R.E.M. Porém esta suposta irreverência não foi vista nem por um pouco. O termo mais correcto seria soft-rock, algo ali na escola de Tom Petty. Tribes fez lembrar mais uma banda de rock guilty pleasures dos anos noventa do que qualquer outra coisa. A audição dos seus dois discos, especialmente do seu último Wish To Scream irá confirmar isso mesmo. Desilusão.

A caminho do palco principal, os primeiros (e únicos) raios de sol apareceram mesmo no início do concerto dos portugueses Linda Martini. A banda nacional já não é inexperiente nestas andanças e o facto de estarem a abrir o palco Optimus mostra isso mesmo. O seu rock pesado com escola no punk e no hardcore e claras influências de Sonic Youth foi um bálsamo para quem veio desiludido com as supostas influências dos Tribes. A banda de Hélio Morais está a ultimar o terceiro álbum, depois de Olhos de Mongol (2006) e Casa Ocupada (2010). Eles que fazem 10 anos de carreira e já contam com um público respeitável como se pôde comprovar no Optimus Alive.
Da distorção dos Linda Martini passámos para o Country-Rock/Folk versão britânica do menino prodígio de Nottingham que veio a Lisboa mostrar o seu primeiro trabalho, o homónimo disco de 2012 e testar algumas das suas novas músicas, a expectiva era já alguma para ver o que seria a performance desta suposta estrela em ascensão, ainda por cima num palco principal. Ora, Jake Bugg que cresceu ao som de Beatles, Bob Dylan e, claro está, Oasis, é um adulto num corpo de miúdo. As suas músicas são adultas, tanto seja na parte mais acústica que, por vezes, parece mais country do que folk, seja na sua fase Dylan quando este atraiçoou os seus fãs de Newport. Por vezes, Bugg faz lembrar Neil Young. Isto tudo misturado com aquele sotaque que só os ingleses do norte têm. O público ainda meio morno foi agarrado com “Lightning Bolt”, “Two Fingers” e “Seen It All”. Foi também no seu concerto que se deu o primeiro momento festivaleiro do dia. As primeiras mamas ao léu, ao bom estilo dos festivais britânicos. O concerto poderia ter sido perfeito tivesse este sido no palco Heineken. Dentro de uns anos o Heineken será demasiado pequeno para ele, certamente…
Do outro lado do recinto estavam os vencedores da edição de 2012 do concurso internacional Hard Rock Rising (em que participaram mais de 12 mil bandas de 86 cidades do mundo) e ainda sem qualquer álbum na rua, os portugueses Brass Wires Orchestra. A missão era difícil: darem-se a conhecer a um público que está ali para ver todas as bandas menos aquela. Mas a verdade é que o “Folk Progressivo” está na moda e talvez daí tantos curiosos de pé àquela hora! E sim é possível ouvir nas suas canções um pouco de Mumford & Sons com uma pitada de Beirut e Fanfarlo, bem misturados com Fleet Foxes e até Laura Marling. Mais, se não tivessem o cuidado de comunicar com o público, ninguém diria que eram portugueses, tal é a riqueza das suas canções.
Oito músicos em palco distribuídos entre guitarra, banjo, bateria, sopros e cordas, foi inevitável ficarmos indiferente a algumas interferências de som e a uma ou outra falha, normal para quem ainda é verdinho nestas andanças. Mas a boa disposição e a humildade com que os Brass Wires Orchestra davam a conhecer os seus temas, conseguiu por muita gente a dançar. As músicas “Tears of Liberty” e “Finders Keapers” foram os que receberam mais aplausos! No final prometeram o seu primeiro álbum ainda este ano! Ficamos à espera!
Ainda no mesmo recinto, a plateia do palco Heineken estava a rebentar pelas costuras quando os islandeses folk-rock Of Monsters and Men chegaram para apresentar o seu primeiro (e único) trabalho, My Head is na Animal. Podíamos dizer que o ‘hype’ é justificado mas não seria totalmente verdade. Mas o folk parece estar na moda e a receita funciona. Canções alegres com muita coisa a acontecer, muitos elementos em cima do palco, instrumentos em barda , refrões fáceis e muitos la la la e hey! para o público cantar são receita certa para qualquer concerto mas os Of Monsters and Men demoraram um bocadinho a aproveitar isso. Começaram muito tímidos (não deviam estar a acreditar que aquelas pessoas todas sabiam mais músicas que os dois ‘singles’), a debitar canções como se tivessem posto o CD a tocar. E só depois de “King and Lionheart” é que começaram a soltar-se, puxando pelo público e aproveitando todos os já referidos la la la e hey! Quando começaram a soar os primeiros acordes de “Little Talks”, o primeiro single, já o público estava ao rubro e cantou do início ao fim. Pelo caminho ainda ofereceram à plateia (que estava num delírio quase de culto) uma música nunca editada. Por tocar ficaram “Yellow Light” ou “Love Love Love”, o que parece estranho tendo em conta que o grupo tem apenas um disco. Os Of Monsters and Men não fizeram nada de extraordinário para obter uma reacção tão apoteótica mas este era um dos concertos religiosamente aguardados das novas bandas do palco secundário e a alegria e ritmo das canções fez o concerto por si só. À banda, ainda verdinha, falta estrada.

Estrada essa não falta aos Tame Impala, nem estrada nem céu nem mar. A banda australiana vagueia por todo o lado e em qualquer momento do tempo. Eles que são os reis do novo rock psicadélico e uma das bandas mais em destaque dos dias de hoje deram um concerto muito curtinho (cerca de 50 minutos) mas muito intenso. O conjunto liderado por Kevin Parker é provavelmente a melhor banda ainda não totalmente descoberta, o facto do rock psicadélico não ser o mais fácil para encaixar pode deixar a banda australiana longe das tentações que Caleb Followill e companhia não conseguiram fugir. O palco, esse, mais uma vez, não foi o mais adequado para o som mais intimista mas espacial dos Tame Impala. Mas quem estava lá, sobretudo nas filas da frente esteve em completa sintonia com a banda mesmo que esta não tivesse mostrado muita interacção. Essa veio em forma de notas e acordes em camadas e explosões de cores. O material tocado foi uma mistura de Innerspeaker com o seu mais recente Lonerism. Os momentos instrumentais foram deliciosos deixando o público com água na boca por mais. Espera-se um concerto maior em nome próprio. O mais rápido possível, seja por terra, mar ou ar.
Mais uma vez o festival voltava a dar-nos dores de cabeça. De um lado Twin Shadow, do outro Phoenix. Felizmente tínhamos vários repórteres em campo e deu para tudo.
A surpresa em Twin Shadow não veio da sua qualidade musical, pois já não é um completo desconhecido, veio sim da quantidade de público que estava presente, relegando Phoenix para segundo plano. Muitos provavelmente para ganhar um lugar de destaque para uma das bandas com mais “hype” da noite, os Alt-J. Ora, se muitos que estavam presentes não estavam de propósito para a banda de George Lewis Jr, músico nascido na República Dominicana, não ficaram certamente desiludidos. Já com dois discos no seu reportório, especialmente o seu último Confess, os Twin Shadow não deixaram os créditos em mãos alheias e “Five Seconds” logo no início prometia que este iria ser um daqueles concertos. E foi mesmo. Ele que da primeira vez que veio a Portugal fartou-se de dizer Saudade a pensar que estava a agradecer às pessoas. Desta vez “Obrigado” foi a palavra certeira e acabou por protagonizar outro dos grandes momentos da noite ao pedir aos rapazes da sala para colocarem as suas amigas/namoradas às costas. Um mar de mulheres rapidamente ascendeu sobre a plateia criando uma bela imagem.

Entranto no Palco Optimus já tocavam os Phoenix que, depois do cancelamento em 2010 e novo álbum acabado de estrear era com expectativa que aguardávamos o concerto da banda. Os franceses, que já se tinham estreado por palcos nacionais no SW2007, tornaram-se muito sólidos nestes anos de ausência e montaram um espectáculo musicalmente forte, entre guitarras e sintetizadores, com jogo de luzes e postura do vocalista Thomas Mars. Abrem logo com “Entertainment”, tema forte do novo disco e rapidamente passam pelos êxitos de Wolfgang Amadeus Phoenix, o disco que os consagrou por cá. “Lasso”, “Liztomania” e “Girlfriend” conseguiram levar o público ao rubro no meio de uma actuação eufórica de Mars e em “Love Like Sunset” foi a vez da banda devanear no instrumental de mais de cinco minutos, com jogo de luzes a condizer, e o vocalista deitado no chão do palco. Os essenciais estiveram lá: coro, ir para o meio do público (aliás, Mars até caiu quando voltou ao fosso) e dança quase psicadélica em palco. “1901” levou o público à euforia, depois de um momento mais calmo com “If I Ever Feel Better” e da ode romântica “Rome”. Depois de uma hora intensa em palco os Phoenix fecharam como abriram, voltando ao instrumental inicial de “Entertainment” , com o público ao rubro e a pedir mais. Já começa a faltar um concerto em nome próprio.
De volta ao Heineken onde ia começar o tal “hype” Alt-J. A banda dos triângulos. E é sempre difícil começar a escrever sobre um concerto que nos marcou muito. Apetece dizer tudo, mas os pensamentos enrolam-se e pelo meio já estamos a cantarolar a ver se nos lembramos daquele momento especial para o tentar descrever. O concerto de Alt-J é um desses casos. Até domingo, não fazíamos ideia que o hype à volta destes senhores era imenso e só nos apercebemos quando a tenda, após o concerto de Twin Shadow em vez de vazar, começa a transbordar de gente e assim que o concerto começa, o público desata aos gritos, a bater palmas, a fazer o símbolo do triângulo com as mãos e a cantar de tal forma que até os próprios Alt-J ficaram impressionados. “Fizeram deste o nosso melhor espectáculo”, disseram. Por vezes chegou a ser difícil apreciar o concerto com tanta barulheira, mas o som estava tão coeso que conseguia sempre voltar a accionar a bolha actimel e abstrair da confusão. Nesse momento, os Alt-J estavam a tocar para nós e ouvia-se todos os instrumentos de forma clara e distinta: o dedilhar das guitarras, a voz que não parece de quem a canta e a bateria compassada que nos remetia para uns suaves ritmos africanos. Foi assim em “Tessallate”, “Fitzpleasure”, “Bloodfold”, “Breezeblocks” ou “MS”, mas principalmente quando fizeram a versão lenta do “Slow” da Kylie Minogue. É o tema menos pop da Kylie, a que foge mais à cançoneta fácil ou à batida comercial e foi ali reinventada de forma totalmente inesperada. Naquele momento queríamos estes gajos a tocar nas nossas salaa. Mas como, provavelmente, não vai dar, contentamo-nos com a Aula Magna.
Ao sair do concerto dos Alt-J para Kings of Leon vê-se uma das imagens mais incríveis deste festival. A quantidade de gente fora da tenda, apenas a ouvir o concerto mas deliciada da mesma maneira. Os Alt-J estão neste momento como os xx estiveram há uns anos atrás, certamente.
Ora para Kings of Leon as nossas expectativas eram muito baixas. Uma banda que foi essencial durante o revivalismo do rock quando lançou dois discos fantásticos (Youth and Young Manhood e A-ha Shake Heartbreak). Os seguintes discos, o mais experimental (Because of the Times) e um misto (Only By The Night) começaram a levar os Kings os Leon para outro campo, porém é na altura que a família followill larga o seu passado sulista e passa a querer pertencer a uma elite da moda e das luzes da ribalta que o mal se instalou. “Use Somebody” é a gota de água para uma banda que prometera ser uma espécie de Creedence Clearwater Revival ou Lynyrd Skynyrd e tornar o rock sulista outra vez cool. Ora a verdade é que a banda de Nashville passou de uma das salvações do Rock para uma banda guilty pleasure, sobretudo após o seu último disco, o sofrível Come Around Sundown. No entanto como se falava que a banda estava a gravar um novo disco e que queria voltar aos tempos antigos resolvemos dar-lhe uma chance. O concerto abriu com “The Bucket”, uma das suas músicas mais comerciais pré “Use Somebody”. Recebe um misto de emoções dado que a música é mais conhecida pelos seus antigos fãs do que pelos novos e muitos dos antigos já nem sequer foram assistir ao concerto. Logo de seguida “Radioactive” do último álbum mostra quem realmente são os fãs dos KOL (Sim os Kings of Leon agora são os KOL). O facto de só terem tocado três músicas deste último disco mostra realmente a sua qualidade. Com um concerto morno, o pior da noite estava para vir com a versão lenta e desinspirada de uma das suas melhores músicas, “Molly’s Chambers”. Escusado será dizer que “Use Somebody” foi a música que ganhou o público, sobretudo o feminino. Em fim de tournée, os Kings of Leon deram um concerto paupérrimo, não chegaram a testar nenhuma música do seu novo disco, não interagiram com o público nem deram ares de serem a grande banda que este novo público pensa que eles são. Eles neste momento têm um problema muito grande para resolver. Ou aceitam que são uma grande banda, independentemente da música que tocarem e fazem concertos com o nível que os Green Day fizeram ou voltam para o estúdio, largam esta fachada de meninos bonitos e começam a fazer música a sério. Este meio termo entre banda indiferente ao público a tocar baladecas ao estilo de Phil Collins sem interesse algum como em “Cold Desert” vai ditar o seu fim. A esperança de salvação para a banda do Tennessee é mesmo muito ténue.

Enquanto os Kings of Leon davam um concerto quase sofrível no Heineken os Band of Horses tocavam para uma plateia a meio gás. Uma das máximas sobre concertos é que depois de ver uma banda na Aula Magna ou no Coliseu dificilmente se verá melhor, principalmente num festival. Vindos de Kings of Leon só parámos dentro da tenda e bem lá à frente. Mesmo assim, não sei se pelo cansaço já acumulado no corpinho, não impressionaram muito. Tocaram bem, foram épicos como já nos habituaram a ser tanto em disco como ao vivo, mas faltou ali aquele je ne sais quoi que conseguiram trazer em Funeral e em mais um ou outro tema. O efeito Aula Magna é lixado.
Ora se os concertos de Kings of Leon e Band of Horses não entusiasmaram, os Django Django não iam deixar que o festival acabasse em depressão. Eles que subiam ao palco à hora perfeita (sim sabemos que quem ia trabalhar na segunda, não era a hora perfeita). A hora certa para se ouvir o rock dançavel da banda escocesa que vinha pela segunda a vez a Portugal, após ter passado pelo Vodafone Mexefest e ter conquistado imensos fãs e de ter deixado outros milhares a chorar por não terem conseguido entrar no Teatro Tivoli. Ora a “vingança” estava marcada para as 1:40 da noite de Domingo para Segunda. Sabíamos que já havia um certo “hype” com a música de Django Django mas nunca pensámos que a cerca de hora de concerto fosse um festival dentro do festival. Toda a gente dentro da tenda aos saltos e aos abraços fosse em “Default”, “Waveforms”, “WOR” ou em qualquer outra música. Épico é uma palavra pequena para o que se passou no palco Heineken e este vai ser, certamente, um dos concertos que vai ficar na memória de quem o assistiu. Um grande concerto para uma das grandes revelações de 2012.
Com o fim de Django Django o público começava a dirigir-se para as saídas, havendo ainda quem ficasse para Alex Metric no Palco Optimus Clubbing e outros ainda para The Bloody Beetroots no Heineken. O dia esse estava ganho com tamanha qualidade e variedade de bandas que passaram por ambos os palcos. Pró ano há mais. De 11 a 13 de Julho, novamente no passeio marítimo de Algés. Que Venha o Optimus Alive! 2014!
(fotos: Duarte Pinto Coelho e Francisco Pereira || texto: Frederico Batista com Alexandre Pires, Ana Baptista, Cátia Simões, FG, Francisco Pereira e Mafalda Alvarez)
Caro Roberto, obrigado pelo reparo. Artigo já corrigido! Parabéns aos Capitão!
Quem assistiu ao concerto dos Capitão Fausto naquela noite envergonhou-se a ver Editors. Uma banda de miúdos de Lisboa que deu 10 a zero a uma banda como os Editors – deu gosto ver. Nao começaram com a Celebre Batalha, essa foi no meio do set e os stagedives foram executados por 3 membros! eu estava nas primeiras filas! a tenda estava cheia, e os betinhos eram minoria (apesar de barulhentos).
Parabens aos capitao