Paredes de Coura. 2015. Diz-se que mora por lá o melhor campismo, a avistar as águas do Taboão, e o melhor cartaz, e o melhor festival não urbano que é também o melhor de grande dimensão. As distinções foram feitas pelo público e pelo júri da terceira edição dos Portugal Festival Awards deste ano.
No ano em que esgotou pela primeira vez, o Vodafone Paredes de Coura conquistou quatro troféus, entre as principais categorias que distinguem os festivais de música desde 2013. Igual número de prémios conquistou o NOS Alive, o melhor festival urbano, em Oeiras e a espreitar Lisboa, e que diz-se que tem os melhores WC’s, a melhor comunicação e a melhor contribuição para o turimo. E houve também o troféu de melhor activação de marca para as Vodafone Music Sessions e o de contribuição para a divulgação da música portuguesa portuguesa para o NOS em D’Bandada.
No palco do São Jorge celebrou-se a música, que une tantos e diferentes públicos pelo mundo, em prémios e em actuações ao vivo, e foram lembrados os que assistiam, no Bataclan, em Paris, ao concerto dos Eagles of the Death Metal, banda que já actuou em Paredes de Coura e que daria um concerto em Lisboa, em Dezembro (entretanto cancelado).
No palco, Da Chick levou a melhor sobre os restantes artistas nomeados na categoria de melhor actuação ao vivo e artista revelação – os outros candidatos eram Golden Slumbers, Isaura, Thunder & Co. e Duquesa. Ainda nas distinções para melhor actuação ao vivo, a nível nacional o galo (símbolo do festival) foi para os Diabo na Cruz, e internacional para os Muse.
Entre os discursos mais entusiasmados da noite estiveram os dos vencedores de festivais de menor dimensão, que lembraram as dificuldades, agradeceram apoios e confiança, e destacaram a aposta nos artistas portugueses, nos quase desconhecidos, e a persistência para manter projectos ano após ano e fora dos grandes centros urbanos. Foram premiados o Indie Music Fest (melhor micro festival), o Milhões de Festa (melhor festival de pequena dimensão), e o Bons Sons (melhor festival de média dimensão). O Andanças foi considerado o festival mais sustentável e a Queima das Fitas de Coimbra o melhor festival académico.
Números finais: 140 festivais candidatos, 18 categorias de prémios (12 do público e seis do júri) e uma sala do São Jorge esgotada para celebrar a música. Para o ano há mais, num qualquer festival, de norte a sul do país.