The Existential Soul of Tim Maia: Nobody Can Live Forever é uma das mais recentes colectâneas lançadas pela Luaka Bop, uma editora focada sobretudo em promover alguns dos nomes mais representativos da música sul-americana, como é o bendito caso da voz e alma de Tim Maia. Quem não se lembra de ouvir “O Caminho do Bem” na Cidade de Deus de Fernando Meirelles? Foi a primeira vez que Tim Maia cruzou na minha vida, ainda antes de para mim ser o Tim Maia, e já tocava in repeat na minha memória.
Considerado pela Rolling Stone um dos melhores artistas brasileiros de todos os tempos, a voz de Tim Maia sobressaía da caixa de pantones quentes do Brasil, que se fazia sentir principalmente através dos sons que então caracterizavam a Música Popular Brasileira.
Esta colectânea é apenas um pequeno aperitivo da multiplicidade de registos que podemos conhecer na obra do músico, personificação máxima do soul e funk brasileiro (com uma assumida influência norte-americana, fruto da temporada passada nos Estados Unidos na década de 60). E para mim, Tim Maia deixou de ser a voz que cantarolava “o caminho do bem” numa fita de cinema para ser Tim Maia, personalidade única nos ritmos iconoclastas que produziu e cujo enorme legado tenciono adoptar em repeat para o meu dia a dia.