Era uma vez uma banda chamada The Eames Era que lançou 2 longas-duração e um EP e depois acabou. Aparantemente, dos 5 membros do grupo, 2 seguiram para outras vidas, outro casou-se e sobraram então 2: Ted Joyner e Grant Widmer. Quiseram continuar a trabalhar juntos e partir para um novo projecto. Assim nasceram os Generationals em 2008.
Após terem lançado um primeiro registo intitulado Con Law em 2009 e um segundo chamado Actor-Caster, os Generationals editaram agora em Abril o seu terceiro filho, de seu nome Heza. É para mim um dos mais surpreendentes álbuns deste ano de tão bom que é.
Para dar uma primeira achega daquilo que soa esta dupla de Novo Orleans podemos referir que já andaram em tourné a abrir para Broken Social Scene ou Two Door Cinema Club. Uma coisa poderia não ter nada a ver com a outra, mas até que tem. Podemos também chamar para aqui os The Drums ou os MGMT e até um toque de Harlem ou Parquet Courts. Generationals é um pouco de tudo isto mas é sobretudo um som muito próprio, muito consistente que tanto flutua pela electrónica como pelo rock mais alternativo, sempre à volta do registo low-fi.
Toda esta categorização musical fará pouco sentido para muitos. O que realmente interessa para aqui é o que se ouve e como nos toca e aqui não se podia começar melhor. “Spinoza”, a primeira música do álbum é muito boa! “Say When”, “You Got Me” e “Put a Light On” também mas é sobretudo toda a construção do disco, composto por 10 canções, que surpreende. A ouvir em repetição.