Em entrevista recente à revista “It’s psychedelic baby”, Roger McGuinn, histórico membro dos Byrds, explicava que o seu álbum favorito de entre os que a banda compôs é The Notorious Byrds Brothers, de 1968.
Não é uma escolha fácil (e faz-me lembrar uma grande frase de um dos grandes escribas aqui do Altamont – “Saudades do tempo em que bandas faziam discos todos os anos, e discos incríveis!” -, que bem se podia adaptar aos Byrds, que nesse ano para além deste ainda editaram o fantástico Sweetheart at the Rodeo), mas seria também o meu eleito.
Naquele ritmo sempre rápido mas ilusoriamente leve, qual comboio a vapor que ainda não conhecera os “fascinantes” benefícios que a tecnologia lhe proporcionaria décadas mais tarde, “Wasn’t Born to Follow” começa delicado, suave, melancólico, até aparecer uma massa de som disforme, inesperada, a partir da qual se regressa ao início: um tempo distante e sonhador.
“I will want to dive beneath the white cascading waters / She may beg, she may plead, she may argue with her logic / And mention all the things I’ll lose / That really have no value / In the end she will surely know / I wasn’t born to follow”