Esta é uma canção perfeita, que ainda se torna maior pela interpretação que Charles Aznavour lhe dá. A nostalgia de um pintor, que recorda o seu tempo de jovem artista em Montmartre, serve como pano de fundo para uma das mais belas canções francesas de sempre. Montmartre era um espaço de boémia, local de alegria e satisfação plenas, mesmo que o artista chegasse a passar alguma fome. No entanto, nesse tempo, a vida era vibrante, contagiante, e a arte a coisa mais importante nesse bairro da cidade de Paris. Passados alguns anos, quando revisitado esse mesmo espaço, tudo está diferente, e a sensação de vazio e de perda perante a nova realidade é brutal. O tempo mata o passado, e nem a memória consegue salvar plenamente o que nele se viveu…
Canção do Dia: La Bohème – Charles Aznavour
