Os Tape Junk são a criação de João Correia, músico multifacetado e que se desdobra em inúmeras personalidades, seja como baterista ou guitarrista, a acompanhar ou a escrever canções. O Altamont assistiu quase ao nascimento de Tape Junk, num concerto que terá sido o segundo que eles deram na vida (reportagem aqui), ainda antes de sair o disco de estreia. Agora estão de regresso com um novo disco, homónimo, e foi sobre isso que falámos com João Correia.
Altamont: Tape Junk começou como o teu projecto a solo, mas neste momento é uma banda rock.
João Correia: Sim, porque eu dantes só escrevia canções com o Bruno Pernadas, para Julie and the Carjackers. Era a única banda em que eu escrevia canções e portanto guardava sempre as músicas – e estava sempre tudo direccionado para as composições de Julie. Entretanto gravámos o EP, gravámos o disco, a banda foi tocando e depois chegámos a uma altura em que o Bruno começou a trabalhar no disco dele a solo e eu comecei a ter algumas canções que não tinham muito a ver com Julie, eram numa onda um bocado diferente, eram mais pessoais, mais simples, canções só guitarra e voz. E eu comecei a pensar na melhor maneira para arrancar com aquilo – que eu não sabia o que ia ser ainda – experimentei gravar umas quantas demos em casa, o António Dias [baterista de Tape Junk] ajudou-me a fazer as gravações, fomos experimentando, até que chegámos a uma altura em que já tínhamos umas 15, 20 canções em que já dava para perceber mais ou menos um universo de música, em que o mais importante na verdade eram as letras – a harmonia e a base musical era mais ou menos uma muleta para a história das canções. Depois decidimos gravar, e houve um convite para gravar pela Optimus Discos [NOS Discos agora], e quando surgiu isso e começaram a aperecer propostas para concertos – e o disco ainda nem sequer estava pronto – eu achei mais lógico pegar naquelas canções e dar-lhe uma sonoridade de banda.
Isso contraria um pouco o teu foco original?
Foi um bocado contra a ideia inicial, que era só guitarra e voz, e comecei a rechear aquilo de maneira mesmo muito básica, pôr bateria, guitarras eléctricas, o baixo, para tentar perceber o que é que ia sair dali. Entretanto, o disco saiu e só depois disso é que nós formámos a banda, que é a mesma até agora, que é com o Nuno Lucas e António Dias (a secção rítmica de Julie and the Carjackers) e o Frankie [Chavez], que participou no disco a tocar umas guitarras slide. E depois fomos tocando os quatro ao vivo, e quando tocas ao vivo é que começas a ganhar uma identidade e uma sonoridade de banda. As coisas evoluíram e chegámos a uma altura em que quisemos fazer um segundo disco. E neste segundo disco fui buscar o Luís Nunes, ex-Walter Benjamin actual Benjamim, com quem eu trabalho há imenso tempo. E o Luís disse que já nos tinha visto tocar ao vivo imensas vezes e o mais lógico era captar a nossa cena ao vivo. Portanto, fomos para o sótão de casa dele em Alvito, com um gravador de 8 pistas, para gravar live, com todos a tocar, e cada um dá o seu input, consegues perceber as qualidades e defeitos de cada um, e isso é uma cena muito fixe e, para mim, é isso que define uma banda, um som de banda. E ao fazermos isso, quando o disco ficou pronto, quis chamar-lhe mesmo Tape Junk, porque é o segundo disco do projecto mas o primeiro disco de banda. Este é o único disco em que nós trabalhámos os quatro, fizémos as coisas os quatro juntos e nesse sentido, é o primeiro disco da banda.
E dar ao disco o nome da banda é uma afirmação de identidade?
Sim, foi exactamente isso que eu pensei. Quando ouvi o disco comecei a pensar em nomes e hipóteses, mas logo desde o início não me saía a ideia de se chamar Tape Junk por causa dessa afirmação, porque agora são quatro elementos e agora existe como banda e dantes não existia, e por isso faz sentido este ser o disco homónimo.
Ainda em relação à tua escrita – quando decidiste criar Tape Junk, por volta de 2012, o objectivo era desanuviar, coisas que não cabiam em Julie, num tom mais intimista e pessoal?
Sim. Eu andava todo desmanchado na altura, todo taralhoco, e andava basicamente bêbado todos os dias durante um ano (risos). E aquilo foi uma fase muito fora, estava sozinho, não tinha ninguém, tinha concertos que não acabavam, digressões lá fora, sempre a tocar, sempre com os copos, sempre noutra realidade. E depois o que é que acontece? Começas a pensar demais, e a pensar em coisas que não são assim tão importantes, ou se calhar até são porque são sempre recorrentes. E essas músicas do primeiro disco foram saindo por causa disso, a minha ideia inicial era… Aquilo para mim é um disco um bocado sério, mas também é uma paródia. Eu peguei em 8 ou 9 coisas que me atrofiavam, que eu denominei como os 9 demónios, e agora vou escrever uma música para matar cada um em cada música que escrevo, portanto aquele disco é como um “spaghetti western” musical, pessoal, que me deu um gozo enorme a fazer. Depois do disco estar feito eu comecei a pensar: “calma, agora as pessoas vão pensar que a sonoridade desta ‘banda’ é uma cena assumidamente mais country, outlaw e western“, e eu fiquei naquela, vou ter de mudar aqui um bocado as coisas, porque isto era uma coisa que só ia existir… era o registo dessa fase, eram várias coisas que me estavam a incomodar bastante e que eu queria pôr cá para fora, depois sabes como é que é, quanto mais falas sobre as coisas, as coisas melhoram. Mas se fores como eu e falares pouco com as pessoas, a melhor maneira é escrever canções e tocá-las, e à medida que as vais tocando as coisas resolvem-se muito mais e a verdade é que eu fiz o disco, depois promovi-o e lidei com coisas que não queria lidar e depois passado algum tempo fiquei muito mais fixe. E isso nota-se neste novo álbum, não é nada pessoal nesse sentido, não é tão negro e down como o outro.
O primeiro disco serviu então de catarse. Conseguiste resolver as coisas que te atormentavam e fechaste esse capítulo?
Sim, catarse a 100%. E há umas músicas do primeiro disco que eu já não quero tocar ao vivo, porque me irritam já. Às vezes escreves coisas que te são tão pessoais que depois um gajo às tantas esquece-se que tem uma banda, e tens um produto, estás a vender as coisas que escreves e são coisas sérias, e eu chego a uma altura em que não me apetece cantar isso e tocar isso, não vou ficar deprimido. No primeiro disco aconteceu isso e agora há umas quantas músicas que eu prefiro pôr de parte.
Nessas canções eu imagino-te sozinho, com um copo de whisky ao lado, barba comprida, a tocar guitarra e carpir. Para este novo álbum puseste isso de lado e é uma coisa mais extrovertida?
Este disco é muito curioso e não é nada convencional na maneira de fazer discos. Há umas quantas músicas que já vieram da altura do primeiro disco, depois de o disco sair, a “Me and My Gin”, “Left Side of the Bed” e talvez a “All My Money Ran Out”, essas ainda apanharam esse modo de composição, em casa sozinho, quase goofy depressivo. Depois, uma banda quando tem um disco cá fora e começa a tocar, começa a ter o seu som, a tocar para o público e ver a reacção do público, e quando pensas em gravar um segundo disco, estás normalmente a promover o primeiro e estás a tocar ao vivo. E a tua linguagem ao vivo vai sempre influenciar o que vais fazer no segundo disco, isto acontece com montes de bandas. O segundo disco tem muito do que tu andaste a fazer ao vivo, pensas bastante como é que as coisas vão resultar em concerto, já sabes o que é que consegues dar nos concertos e queres transmitir isso para as músicas novas do disco. E aqui aconteceu um bocado isso, com a “Bag of Bones”, “Scratch and Bite”, que eram músicas que nós já tocávamos ao vivo.
Depois as outras músicas que acabaram por entrar no disco, foi completamente aleatório, foi mesmo na hora, na hora é que foi decidido que aquelas músicas iam fazer parte. “Six String and the Booze”, “Thumb Sucking Generation”,”Substance” e “Joyful Song” – estas 4 músicas, nunca as tinhamos tocado ao vivo, nem na sala de ensaios, eram músicas que ainda não existiam bem, só uma é que tinha maquete. Eu lembro-me de escrever a letra da “Substance” toda de seguida, um dia quando estava com a minha miúda num pic-nic, escrevi a letra e guardei-a, tinha uma gravação no telemóvel com a harmonia dos acordes e melodia de voz – e o passo a seguir é a gravação que está no disco. E quando gravámos essa música eles nem sequer ouviram a voz, não sabiam a que é que soava a canção. E isso para mim é muita fixe porque a maior parte das vezes que estás a gravar uma música, gravas a demo em casa, ouves a demo e ficas a perceber onde é que vai chegar, depois vais para estúdio, gravas a música e aquilo soa-te uma granda merda, porque não tem aquela cena ingénua da primeira maquete, não te soa tão verdadeiro, já te soa estranho, “porque é que eu estou a cantar desta maneira? porque é que pus isto aqui? a linha de baixo não era esta. porque é que estou a mudar esta música toda?”, e depois queres voltar atrás à maquete, mas depois nunca te soa como a maquete e é um granda filme. E aqui nestas quatro músicas, não havia termo de comparação, não havia uma maquete tocada pela banda, a música saíu-nos e gravámos, e depois o disco saíu e cada vez que a gente ouve ainda é surpreendente para nós, algumas músicas, como quando fazes uma primeira maquete para gravar um disco. E isso foi uma cena que me deu imenso gozo, sinto-me um bocado um puto a gravar as cenas, faz com que o disco seja mesmo muita descomprometido. Isso também faz falta, um gajo divertir-se enquanto está a fazer música e não estar sempre a pensar em coisas mais técnicas, de estúdios, microfones, etc, acho que isso não vale muito a pena, numa banda de rock acho que sem o erro e sem o risco, não tens um rock’n’roll mesmo genuíno.
E em relação ao disco anterior, que mais é que mudou? As músicas continuam a ser da tua autoria e ganham corpo com a banda?
Sim, ganham corpo. A nossa maneira de trabalhar é muito simples, nós somos sempre simples e objectivos. Temos sempre uma ideia muito fixa que é a canção é obviamente sempre o mais importante. Isso, mais uma vez, depende das bandas com que trabalho, eu gosto que isto seja assim quando estou a trabalhar em Tape Junk, se estiver a trabalhar com o Pernadas, o arranjo é muito importante, ficamos obcecados com os arranjos. Tanto para Julie and the Carkjackers, como quando fui gravar o How Can We Be Joyful, quando fui gravar as baterias com ele, percebi o nível de complexidade em tudo o que está à volta do esqueleto da canção, e isso traz uma frescura e uma linguagem nova, eu acho o disco dele incrível, não consigo identificar um disco igual.
Tape Junk é o oposto, nós não queremos mudar absolutamente nada, só queremos escrever umas canções e tocá-las e divertir-nos a fazer isso. E eu, o que me preocupo mais com Tape Junk, é quando escrevo as canções em casa, quero escrever canções cada vez melhores e tenho de perder tempo com isso, e tento que elas sejam honestas. E quando as vamos tocar elas já têm uma base e um esqueleto, que nós devemos seguir e depois o resto da instrumentação é uma coisa muito simples, raramente complicamos, cada um acompanha a música à sua maneira, damos umas três, quatro voltas e gravamos aquilo, se sentirmos que a melodia está lá e a canção está lá, os instrumentos são quase um suporte para a música. Em algumas. Noutros casos, tipo “Scratch and Bite” e músicas dessas, que já têm mais coisas a acontecer, isso eram maquetes que eu gravava sempre com o António [Dias], ele mais produtor e eu costumo tocar os instrumentos todos, portanto nessas situações enviamos a maquete para a banda, cada vai criando as suas linhas e depois depende de cada um, quando vamos para o ensaio ou para o estúdio, tocar aquilo de uma maneira que seja sua, não é tentar executar o que ouviu na maquete. Mas há outras músicas, que estavam só guitarra e voz e cada um fez a sua parte.
O novo disco foi gravado no Alvito, com o Luís Nunes, em muito pouco tempo.
Foi muito rápido, as bases todas em take directo, não tínhamos pistas suficientes para gravar tudo, só tínhamos um gravador de 8 pistas, que captou os instrumentos e a ambiência da sala. Depois eu metia uma voz guia, só para ver se estava a soar bem, e fizemos isso durante 3 dias e gravámos as músicas todas. E depois eu voltei lá, para gravar vozes e demorei uma eternidade, e a maior parte ficaram as guias iniciais, com o microfone chunga só para despachar, incrível. Mas é sempre assim quando gravo com o Luís, é genial, estamos sempre a discutir um com o outro porque eu sou muita chato, e era ele a puxar por mim, eu cheio de asma, um calor insuportável. Depois o Luís fez uns coros e tocou alguns teclados em músicas, houve muito poucos overdubs e trabalho para além daquela base dos quatro a tocar.
E sobre o que fala este disco, sobre o que escreves, há alguma temática?
Há músicas que já eram mais antigas e há músicas (tipo “Me and My Gin”, “Left Side of the Bed”) que são um bocado mais sérias, em que me preocupei bastante mais com as letras. Mas depois há músicas como a “Thumb Sucking Generation” que eu nem me lembro quando é que escrevi aquilo, por que é que escrevi aquilo, não sei de onde é que veio aquela letra, não sei o que é que aquilo quer dizer, até ia escrever outra letra mas depois o Luís leu e disse-me para me deixar de cenas e gravar, porque foi assim que me saiu. Depois há umas mais sarcásticas, como a “Substance” e “Joyful Song”, mas não são letras muito pessoais, a maior parte delas. Não me quis levar a sério de mais neste disco, tentei levar-me a sério de mais no outro disco, dentro da minha paródia pessoal, depois percebi que aquilo não ficou como eu achei que ia ficar, acho que ficou um bocado sério de mais, era para ser um disco com um bocado mais de humor negro do que ficou na verdade, e agora neste não me levei assim tão a sério, e há letras que… cada uma tem a sua história, foi escrita com um objectivo, mas não é de todo um disco pessoal e, na maioria das canções, a letra não é o mais importante da música, é um disco para viver mais da sonoridade da banda, é mais um disco de rock.
Tu tens uma costela yankee? Vais beber a sonoridades muito americanas, country western, mas parece tudo muito natural.
Mas eu não penso muito nisso. No primeiro disco eu acho que há músicas que podem parecer um bocado mais forçadas nesse sentido, porque foi intencional, no primeiro eu quis cantar aquelas letras com aquele estilo de música, porque é o que me vai dar mais gozo fazer. Neste disco, não sei, confesso que nem sinto tanto isso, portanto se calhar é mesmo natural. E nem sei de onde vem, porque ouço muita música diferente. Também gosto muito de ouvir singer-songwriter americanos. Eu acho que depois, se calhar, sem quereres, acabas por criar a tua personagem musical, à medida que vais cantando e tens a tua banda e fazes a tua cena. E isso é uma das razões por que eu nunca me mandei a escrever em português, se eu me imaginasse a escrever em português letras altamente pessoais, esquece, ia estar a expôr-me de uma maneira e tinha de me levar tão a serio a fazer aquilo, que tinha de assumir-me mesmo como o artista X, que escreve estas canções assim e são muita pessoais e tal. E sempre escrevi em inglês, primeiro porque não quero entrar nessa parte, e depois porque as influências que tenho é quase tudo norte-americano, de música e de escrita de canções. E é muito difícil meteres uma melodia escrita em portugês, com a métrica correcta, sem aldrabar as palavras e as sílabas, numa melodia e progressão harmónica que é nitidamente de um estilo de música que não é português, porque as palavras não cantam da mesma maneira, tens de dar muitas voltas e mudar um bocado o estilo. E se eu estou a pensar em inglês na minha cabeça e se isto me está a sair tudo em inglês, então é natural e vou seguir esse processo que é natural. Quando estou com a guitarra, a pensar e a escrever em inglês, quer eu queira quer não, estou a encarar uma personagem qualquer. Odeio este termo, mas é uma realidade, quando estou a escrever e a tocar e cantar aquelas canções, eu estou a acreditar naquilo como acredito na minha família. Mas se eu parar para pensar, percebo que sou um gajo português de Portugal, estou a cantar noutra língua, outras histórias, e com um universo musical que não é propriamente das minhas raízes – isto é simplesmente um aglomerado de influências e do que foi a minha vida até agora e o que eu consumi e absorvi, e isto é o que sai de dentro de mim. Não escrevo em inglês porque assim a banda tem mais hipóteses de chegar lá fora e é uma língua universal e as pessoas vão perceber melhor a temática das canções. No meu caso, não vem daí
Sobre a capa do disco e o livrete que acompanha, é uma instalação do João Paulo Feliciano?
Sim, aquilo é João Paulo Feliciano duma ponta à outra. Primeiro nós precisávamos de fotos promocionais para o disco, porque entrámos para a Pataca, o João Paulo ligou a dizer que era preciso fotos, para irmos lá, não era preciso levar nada. Fomos ao 15A e quando chegámos ele tinha aquele cenário montado, montou aqueles computadores muita antigos e tinha lá 4 batas brancas, depois mostrou-nos uns livros muito antigos, de referência para a inspiração dele, que eram os técnicos de som de Abbey Road, que andavam todos de bata, eram mesmo técnicos técnicos, andavam lá a arranjar o material e por aí fora. E nós achámos que este universo era muita fixe e pensámos fazer uma foto promocional com isto – vestimos as batas, ele deu-nos uns manuais estranhíssimos para a mão, encheu-nos de fitas, e nós ficámos lá cada um na sua, a tentar perceber o que é que se passava, e foram tirando fotos, que ficaram para os press releases e também no disco. E no booklet pôs também outra instalação que ele fez, que era só com tape, montes de fitas diferentes. E a capa do disco era uma caixa de fita antiga, sem nenhuma alteração. Aquilo dizia “sound recording tape” e nós colámos por cima uma fita a dizer “tape junk”, tens lá na mesma o Kodak, e por dentro tens as instruções da própria fita. E eu achei piada a esse universo que o JP fez, porque ele baseou tudo em volta da fita, ao início achei que se calhar era literal demais, mas depois esteticamente gostei imenso. Foi adequado e foi fixe ter o editor a ligar a dizer que quer fazer o artwork do disco, é uma maneira de ele pôr um input extra no disco, ele próprio como João Paulo Feliciano, para além de Pataca Discos, também estar presente neste disco de Tape Junk. O João Paulo é sempre uma ajuda enorme e apoia as bandas e continua com uma editora que eu acho que é muito boa, muito familiar, e ele tem de trabalhar muito e fazer muita ginástica para conseguir manter uma editora independente e a verdade é que ele continua sempre a lançar discos novos, é mesmo de valor.
Além de Tape Junk, também tens os Julie and the Carjackers. Haverá novo material em breve?
Julie and the Carjackers eu tenho estado a juntar algumas coisas em casa, desde que acabei o disco de Tape Junk quase tudo o que fui pensando, idealizando e juntando é para essa banda. O Bruno e eu tínhamos ideia de começar a gravar no final deste ano, mas é muita complicado, andamos os dois com muito para fazer. Há muita coisa que se pode fazer e por onde se pode pegar e arrancar, mas temos é de ter os dois tempo para fazer as coisas. Mas vai haver coisas novas, de certeza. Já está atrasado, o Bruno já tem muito mais canções do que eu, no outro dia falei com ele e disse-me que já tem 7, eu tenho de me pôr a pau e conseguir escrever algumas coisas para juntar às dele e para vermos o que é que fazemos dali.