Birthdays é uma verdadeira ode à depressão. Uma ode ao amor não correspondido. Linhas de letras tristes, profundas, das quais ficaria orgulhoso se as tivesse sido eu a escrever. Keaton canta-nos em sofrimento, com uma mágoa que faz Birthdays ser um dos álbuns mais tangíveis que ouvi nos últimos anos.
Pelo meio de situações simples, de desentendimentos, de confissões, de amor, de Inglaterra, de Paris, de dor, de mentiras, Henson relembra-nos que somos humanos. E amar é lixado, com F mesmo.
Seria mais fácil dizer-vos que estou a mentir, mas não estou. Preparem-se para chorar. Preparem-se para as memórias da vossa ex-namorada. Preparem-se para estar em Paris de copo de vinho na mão, num dia gelado, sentados numa esplanada depois de ela vos ter dito: ‘Tenho outro’. É assim que Birthdays nos recebe. A dor prevalece, mas a vontade de ouvir o álbum é superior a tudo. Só espero que Henson saiba o mal que me está a fazer.
E recomendar músicas? Bem, tarefa complicada sendo que da 1 a 13 não existe um segundo que possa apelidar de mau. Mas ok, a ser forçado vou por…
10am Gare Du Nord “Please do not break my heart, I think it’s had enough pain to last the rest of my life”
You “And if you must die sweetheart / Die knowing your life was my life’s best part”
Sweetheart, What Have You Done To Us “If all you wanted was songs for you / Here goes, after all that you put me through / Here’s one for you”;
E do fundo do meu coração, The Best Today “and I wish I could wake at dawn / to see you without makeup on / wish I had the guts to say / you look the best today”.
Agora vou limpar as lágrimas do teclado. Obrigado.