O que esperar de um concerto dos Zen em 2024?
A whole lotta fun!
Em 1998, na invicta cidade do Porto, os Zen editaram o seu primeiro álbum – The Privilege of Making the Wrong Choice – e espalharam o charme do seu caos por uma série de palcos por este país fora. Infelizmente, o momento foi-se esfumando e a banda foi desaparecendo do cenário musical. Como disse o cientista e repete o povo, nada se perde e foram-se criando as melhores condições para germinar o conhecido fenómeno de culto, carinhosamente nutrido pelo facto da banda nunca ter navegado na popularidade da enxurrada discográfica da década de noventa e por contar com uma das figuras míticas do universo musical do Porto, Rui Silva aka Gong.
Para celebrar o 25º aniversário de The Privilege of Making the Wrong Choice, os Zen lançaram-se numa digressão que já passou por salas do Porto, Aveiro, Leiria e Lisboa e que ainda passará por Coimbra (16 de fevereiro – São Brazil), Torres Vedras (24 de Fevereiro – Bang Venue) e por alguns festivais de verão como o Basqueiral.
O que esperar então de um concerto dos Zen em 2024?
Bem, a contar com o que pudemos ver na passada sexta-feira no Musicbox … um fantástico concerto de Rock’n’Roll!
Antes de mais, há que parar e reconhecer o elefante na sala chamado nostalgia. E sabem que mais? Há que não fugir, há que abraçá-lo! A magia de temas como “Golden Fools” e “Redog”, com que abrem o concerto, só nos empurra para aí … e sim, no público, há quem já cante a plenos pulmões. Deixem-se levar!
A fama de Gong enquanto animal de palco procede-o e o vocalista aceita-a e reforça! Dança, contorce-se, mete-se com a audiência, e sorri com um olhar demoníaco enquanto puxa mais uma passa! E, não, não é só “antics” … é sentido – se não é, parece, que para aqui é o que mais interessa! É sentido e é cantado, que o homem tem voz para isso … e para muito mais!
Abracemos os noventas e as suas fabulosas e pujantes secções rítmicas pujantes de groove. Abracemos os noventas e a mania de casar o groove com guitarras delirantes e de lhes juntar funk com muito peso … abracemos as saudades dos Jane’s Addiction, dos Cake e dos Clutch … mas, sobretudo, as dos Zen!
Dancemos a noite toda, com o copo na mão e um sorriso parvo no olhar e deixemos um pouco de força extra para saltar e moshar ao som de “11 AM” de uma das melhores malhas dos nossos noventas -“UNLO”!
Fabuloso! Não percam!























