O NOS Primavera Sound está já ao virar da esquina, e o Parque da Cidade do Porto vai voltar a ser preenchido por milhares de pessoas sequiosas de bons concertos e de bons convívios. O Altamont, como sempre, não faltará à festa.
O tempo passa depressa e o NOS Primavera Sound já vai na sua sétima edição. O Porto tem acolhido, ano após ano, um Festival bem diferente de muitos dos outros que se fazem no nosso país. O local é de uma beleza apreciável, a organização prima pela simpatia com que acolhe milhares de pessoas que buscam os prazeres de um cartaz quase sempre bem equilibrado, e tudo isso confere ao NOS Primavera Sound um estatuto muito próprio. Assim tem sido, e assim será também este ano, seguramente.
E o quê que por lá se vai poder ouvir e ver, afinal? Muitos nomes, muitos estilos, artistas de peso, outros que começam agora a fazer-se ao caminho. A nossa escolha, uma vez que iremos até à cidade Invicta para que nada vos falte por aqui, é a que a seguir se apresenta. Exatamente assim, dia após dia, como vos mostramos nas próximas linhas.
Para que a máquina aqueça, na noite de quarta-feira, dia 6, a presença de Fatboy Slim animará os milhares que previsivelmente se juntarão na Avenida dos Aliados. O produtor e DJ britânico trará ao centro da cidade do Porto a festa que costuma dar sempre que atua. Espera-se, ainda, mais um nome para que o início do Festival seja o que todos desejam: memorável, assim como os três dias seguintes.
Dia 7, quinta-feira: abrir-se-ão as portas às 16 horas, e nos cinco palcos do recinto do Parque da Cidade haverá motivos de bom interesse. A nossa aposta é clara. No Palco Super Bock, Ezra Furman é quem gera as maiores e melhores expectativas. O músico norte americano é um dos nomes mais interessantes da mais recente cena indie desse país, e por certo deixará a melhor das impressões a todos os que o forem escutar e ver. Espera-se por “Body Was Made”, por exemplo, e será excelente, estamos em crer. Assim como, por exemplo, os estreantes Foreign Poetry, no mesmo Palco. Um pouco mais ao lado, no Palco NOS, os destaques do dia (e da noite, bem entendido) irão para Rhye, Jamie XX e Lorde, sendo que no Palco SEAT atuará o nosso muito bem conhecido Father John Misty, assim como The Twilight Sad, Tyler, The Creator e Fogo Fogo, homenagem portuguesa aos encantos sonoros de Cabo Verde. Variedade de estilos e de ritmos será, como se vê, coisa assegurada. Mas haverá mais, naturalmente. Waxahatchee, por exemplo, é um nome que não deixaremos de lado.

Dia 8, sexta-feira: mais um dia com artistas para todos os gostos. Meia dúzia, para começar, de rajada, embora repartidos por horas e locais diferentes. A saber: Amen Dunes, Fever Ray e Grizzly Bear no Palco SEAT, mas também Breeders e Idles no Palco NOS, onde fecham a noite os cabeças de cartaz Vince Staples a A$AP Rocky, assim como também se destaca o noise rock dos Shellac, no Palco Super Bock. Dia que promete, como bem se percebe. Mas não ficamos por aqui. Há ainda que contar com os nomes do Palco Pitchfork. Ore tome nota, e veja lá se não concorda connosco: Unknown Mortal Orchestra, Thundercat e Superorganism, curiosa e desconcertante banda inglesa que fará do seu concerto, muito seguramente, uma enorme festa de alegria e espalhafato sonoro. A liderar o grupo, uma menina japonesa de apenas 17 anos. Chama-se Orono Noguchi e é bem a prova de que a tenra idade não é cartão de visita que se possa subestimar. A juntar a tudo isto, ainda teremos Four Tet, Floating Points e Marcel Dettmann, todos eles pequenos deuses das eletrónicas.

Dia 9, sábado: para encerramento do Festival, estará guardado o melhor bombom. Nick Cave é o ícone que ninguém vai querer perder, apesar de não ser estreante em terras lusas, como bem sabemos. Nick Cave and The Bad Seeds dispensam apresentações, assim como Mogwai. Todos atuarão no Palco NOS, local por onde passará igualmente o fantástico grupo brasileiro que dá pelo nome de Metá Metá. Tomem mesmo nota deste trio. Depois não digam que não vos avisámos. Por outro lado, Arca (o homem que tem estado por detrás de Björk nos seus mais recentes trabalhos) no Palco Pitchfork e Joe Goddard e Nils Frahm (Palco Super Bock) também não poderão ficar esquecidos, o mesmo acontecendo com Public Service Broadcasting, War On Drugs e Wolf Parade, todos no Palco SEAT. No meio de tantos e bons artistas estrangeiros, um português atuará nesse mesmo palco. Trata-se de Luís Severo, que muito provavelmente levará até ao Porto ecos da sua “Cara d’Anjo” e do seu recente disco homónimo.

Feito este breve resumo, resta-nos esperar até ao momento em que as portas se abram. Como há muito temos vindo a fazer, a equipe do Altamont vais contar-vos aquilo que de mais interessante acontecerá nesses três dias (e na noite de véspera também) da próxima semana. Falta muito pouco para começar mais uma edição do NOS Primavera Sound e o Altamont está já pronto para entrar em ação. Agora é só ir riscando os dias e as horas…