O vento chove e a chuva esgravata-lhe o fato húmido em virtude de obviedades por que ele se não demonstra responsável. Vai a caminho de casa. Sobressalta-lhe à vista cálidas memórias de hoje bem cedo, a cama, o roupão, precoces na literal frieza com que lhe foram tirados, não o aquece nem o arrefece porque não as possui mormente. A casa chega, pensa não saber de onde dado o conforto de a casa chegar da vida comum. Liga a música.
Playlist da Semana: 15-09-2014

Diogo Montenegro
Diogo de nome, Montenegro como apelido, intencionalmente confundido por «pontonegro» ou «montepreto» de forma recorrente, teve como maior arrependimento a sua inscrição no IST em 2013; assim, como recompensa, um miminho egoísta, gesticulou um manguito para o prezado instituto, e como maneira de viver engoliu cursos de revisão literária à boca rota e escreveu críticas e reportagens com maior parcimónia no ano lectivo transacto. É inferível portanto, que se passe a vulgaridade, que é um «ser de muitas contradições»: além do ódio a clichés, candidatou-se neste ano escolar a Artes e Humanidades na FLUL e dá explicações de matemática. (Curioso.) É ainda apologista do acordo ortográfico de 1945. Que o ecletismo não se gaste tão cedo. Nem a boa música.