“Parece uma das canções mais espontâneas dos Beatles mas este tributo de McCartney ao ska jamaicano demorou 42 horas a ser gravado, um perfeccionismo que levou os outros ao exaspero. Uma versão inicial estava a ser trabalhada há 3 dias mas sem quaisquer resultados. Ao quarto dia, um Lennon tão pedrado como frustrado injectou finalmente a energia que faltava à canção, acelerando o seu tempo, e fazendo aquela icónica introdução de piano, uma divertida paródia ao music hall. Apesar da tentativa de McCartney de explorar uma nova gravação, esta ficou a versão final. Com a sua desesperada leveza, a sua letra divertidamente disparatada e a sua sonoridade compacta (com guitarras acústicas dobrando a linha de baixo), o tema era o mais comercial do White Album, mesmo para os padrões estupidamente altos de McCartney. Enfadados pela canção ser tão orelhuda, os outros Beatles vetaram o tema como single. Um rebuçado para um qualquer outro artista, com o número 1 livre para si. Ninguém se lembra do seu nome.” (Ian Macdonald, 1994. Revolution in the Head. The Beatles’ Records and the the Sixties)
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