Os Muse já tinham editado, dois anos antes o seu álbum de estreia, Showbiz, mas foi só com este Origin of Symmetry que os descobri. Corria o ano de 2002 e ainda o rock andava a tentar renascer após anos uma segunda metade dos nineties em que andou desaparecido quando Os Muse se introduziram nos meus ouvidos e foi daquelas bandas que se foi descobrindo aos poucos. Aquela sensação de ouvir uma música espectacular na primeira audição, outra na segunda, outra na terceira, e quando dás por ti sentes que o álbum é mesmo muito bom e consistente. Foi um levar mais além do rock alternativo, com muitas experimentações instrumentais. Apesar de o sucesso a uma escala mais alargada só ter chegado aos Muse no álbum seguinte, Absolution, a meu ver foi em Origin que eles atingiram o ponto mais elevado de qualidade musical. Músicas como “New Born”, Plug in Baby” e ainda mais “Citizen Erased” ficam fortemente ligadas à História do Rock. Não por acaso, em 2006 a Q Magazine elegeu este álbum o 74º melhor de sempre…
Muse – Origin of Symmetry (2001)

Alexandre Pires
Nasci em terras de Vera Cruz, decorria ainda a década de 70. De pequenino me apercebi que estava destinado a grandes feitos e quis desde logo deixar a minha marca, começando por atravessar o Atlântico a nado. Dessa experiência guardo sobretudo água salgada nos ouvidos, água essa que me impediu de dar ouvidos ao meu pai que queria fazer de mim engenheiro. Hoje, quando me perguntam a profissão, não sei o que responder. Tenho vários chapéus que vou usando consoante a ocasião, desde economista proeminente a futebolista de sonho, de crítico de música amador a empreendedor visionário, de tenista de meia tigela a DJ concorrido, de amante cinéfilo a pai dedicado.
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