Com influências de Gótico e Post-punk, inspirações em The Cure e Joy Division, as LA Witch conseguem chamar a atenção com este DOGGOD.
As LA Witch formaram-se em 2011 em Los Angeles e são Ellie English na bateria, Irita Pai no baixo e Sade Sanchez na voz e guitarra. Influenciadas por bandas punk locais como os X e também por nomes como The Brian Jonestown Massacre ou Black Sabbath, neste terceiro disco mudam de direção e abandonam o seu lado mais garage para abraçar um mundo mais gótico-psych, e a meu ver ganham bastante com isso.
Doggod é um disco curtinho, de apenas 31 minutos e nove canções, e parece-se mais com o primeiro trabalho da banda, de 2017, que ao segundo, mais rock e blues, de 2020. Perde sobretudo um pouco do lado blues, mas ganha em mais versatilidade musical no geral.
Com apenas nove canções, destacam-se a primeira, “Icicle”, pautada por uma guitarra aguda estilo The Cure, “777” e “The Lines”, mais a abrir. Em todo o disco é impossível não tecer comparações com a voz de Sade Sanchez, que lembra algo de Hope Sandoval, especialmente em canções mais atmosféricas e lentas como “I Hunt You Prey” ou “Lost At Sea”. As guitarras com efeitos, com muito phaser quase a parecer um pad de sintetizador, criam um efeito de droning interessante que funciona muito bem em “The Lines” ou “SOS”.
Ao fim das nove canções não ficamos a querer mais, o que presume um problema para a banda mas fala muito sobre saber cortar este DOGGOD na altura certa.
Um disco bom se gostarem de My Bloody Valentine, Jesus And Mary Chain ou as bandas antes aqui mencionadas. Não esperem nada de inovador ou diferente, mas que soará reconfortante aos fãs deste estilo.