Quase 40 anos de carreira, digressões esgotadas e 170 milhões de discos vendidos parecem não ser suficientes para os Deep Purple! O que leva estes Dinossauros a continuar? Só eles e os Rolling Stones é que lá sabem!Mas certamente que o ditado vaticinado por Paul Simon – “Still Crazy After All These Years”- é uma desculpa plausível…
Surpresa das surpresas, o novo disco da banda – “Rapture of the Deep” – é um álbum digno da velha aura dos Purple. Desde “Perfect Strangers” (1984), que não ouviamos Ian Gillan e Compª. soar tão frescos e versáteis misturando a fórmula Hard Rock com o Blues, o Clássico e o Jazz.
“Rapture of the Deep” gravado em apenas três semanas reflecte um verdadeiro espirito de camaradagem e química musical que só as rugas do tempo permitem alcançar.
O álbum começa com uma excelente “rocalhada” á moda dos velhos tempos – “Money Talks”, onde Ian Gillan canta sobre os vícios que a fama e o dinheiro trazem a uma sociedade cada vez mais orientada pelo “Vil Metal”. Seguem-se o boogie-whoogie sobre as groupies que cercam o negócio do rock n roll em “Girls Like That” e o heavy blues de “Wrong Man”, com destaque para mestria do guitarrista Steve Morse.
A verdadeira está reservada para o quarto tema do álbum,”A Rapture of the Deep”! Nunca a música turca, o jazz sinfónico e as guitarras aero-espaciais haviam sido tão bem conseguidos num tema rock! Um clássico para rivalizar com “Smoke on the Water”.
O álbum entra numa toada mais calma em “Clearly Quite Absurd”, talvez uma tentativa frustrada de compor uma balada para passar nas rádios. Mas os amplificadores voltam a subir de tom em “MTV” uma sátira brilhante sobre as rádios e os canais de música estarem nas mãos de burocratas que não percebem nada de música! “I´´m sure i won´t play you anything new…”
A fechar, o épico “Before Time Began” um retrato quase perfeito sobre a insanidade que atravessa os nossos dias…”Someone is murdering my sisters and brothers, in the name of some God or another”! Bingo!
huMMMM???
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