Lisboa está cheia de buracos. Não, não são desses da estrada … até porque há eleições para o ano! São tocas … coitos de criação e não conformismo! Olhem com atenção e entrem – o deslumbramento aguarda-vos!
A terceira edição da Feira Fulminante decorreu no passado sábado, chamando à fascinante cave do Bus – Paragem Cultural, um número considerável de almas à procura de serem enriquecidas por diversas formas de arte independente. No epicentro deste turbilhão criativo está a efervescente Marta San (promotora, ilustradora, dj e mais o que lhe vier à mente) que tem demonstrado ter o condão de agregar junto de si um conjunto considerável de pessoas que com ela partilham o espírito e a garra da criação não conformista e não normalizada.
Para além de poderem contemplar, e adquirir, criações nas áreas da música, ilustração, fotografia, tattoo, moda, e edições literárias, os visitantes puderam ainda observar as exposições “HMACYT – How Much Art Can You Take” de Reis Tattooer e “SONIC ÀS SEGAs” de DPSY @deep_sea.diver.
Para além dos DJ Sets de trailer_park_noise e de eyeambunny, a feira contou com a atuação dos Royal Bermuda com Francisco Nogueira – a que, infelizmente, não pude assistir – e da parelha Cobramor | Carlos Ferreira (vocalista e guitarrista dos míticos, e infelizmente adormecidos, Asimov). Munido de artilharia eletrónica (leve, diga-se de passagem), Cobramor foi lançando cargas poéticas explosivas, provenientes da sua obra “A Boca Cheia de Cadáveres”, enquanto a guitarra de Carlos Ferreira forjava o caminho pelas densas camadas líricas, ora à catanada, ora ao pincel, ora com recurso a uma micro pinça de manipulação sónica. O público presente,sem medos, entrou pela toca do coelho, e não deu pelo tempo passar … não deu pelo tempo fugir! Fabuloso!









