Altamont Recomenda:
Começo por salientar que isto cai na rubrica Recomenda porque são os Strokes e os Strokes lançarem um álbum é sempre de se ouvir. Mas (e há sempre um mas) a verdade é que não sinto este lançamento e o facto de vir a caminho um concerto deles em solo lusitano como algo verdadeiramente relevante. Há aqui um misto de emoções também em parte relacionado com o artigo aqui escrito na avaliação do álbum dos Interpol.
Olhando para os Strokes com esta distância de 10 anos não consigo deixar de concluir que não foram mais do que a banda certa num momento de fraca inspiração patente no mundo do pop rock. Vejo-os como um bom início para um jovem de 13 anos que começa a descobrir a música e tinha perante si dois caminhos claros: o da pop bubblegum MTV mastiga e deita fora ou este de um rock mais revivalista mas fácil, apelativo, mas ao mesmo tempo permitindo levantar um véu sobre as muitas influências que concentraram no seu Is This It?. E este é para mim um aspecto engraçado da coisa, o Is This It? o será que é isto que queriam? Foi. Neste momento, quando já todos experimentaram carreiras a solo ou outros projectos pessoais resta dar-lhes o benefício da dúvida e pelo menos 2 audições ao álbum Angles que nos chega a 22 de Março. Até lá, a amostra “Under Cover of Darkness”.
Alexandre Pires
Nasci em terras de Vera Cruz, decorria ainda a década de 70. De pequenino me apercebi que estava destinado a grandes feitos e quis desde logo deixar a minha marca, começando por atravessar o Atlântico a nado. Dessa experiência guardo sobretudo água salgada nos ouvidos, água essa que me impediu de dar ouvidos ao meu pai que queria fazer de mim engenheiro. Hoje, quando me perguntam a profissão, não sei o que responder. Tenho vários chapéus que vou usando consoante a ocasião, desde economista proeminente a futebolista de sonho, de crítico de música amador a empreendedor visionário, de tenista de meia tigela a DJ concorrido, de amante cinéfilo a pai dedicado.
Share This
Previous Article
Altamont Recomenda:
Next Article
Ouvi agora pela primeira vez, parece-me um registo um bocado mais juvenil do que os anteriores e não trazendo nada de especial… Acabará por ficar mais na cabeça com a repetição constante na radar mas penso que é um som, como dizem os anglófonos, Average.