
Serve este artigo para tentar reter algo da vertiginosa primeira metade de 2013, que gerou mais álbuns do que a capacidade auditiva do comum mortal aguenta.
Para que não nos percamos no meio de tanta colcheia, fazemos aqui uma espécie de resumo do que já saíu no primeiro semestre do ano e antecipamos o que podemos esperar do segundo.
1º Semestre
Logo em Janeiro – foram lançados os novos discos de Toro Y Moi, Local Natives e Tomahawk – além da estreia dos Foxygen.
Fevereiro arrancou com MBV o regresso dos My Bloody Valentine – 21 anos depois.
Jim James, dos My Morning Jacket, lançou o seu excelente primeiro álbum a solo. Primeiro disco também dos Atoms For Peace, super grupo de Thom Yorke, Flea e Nigel Godrich. Só agora, tantos anos depois dos Smiths e de inúmeras outras bandas, Johnny Marr decidiu editar o seu primeiro disco em nome próprio – The Messenger.
Nick Cave and the Bad Seeds deram-nos Push the Sky Away e apresentaram-no ao vivo no Porto. Jamie Lidell, Ed Harcourt, Eels, Foals e Lisa Germano também lançaram novos discos em Fevereiro. Os Palma Violets deram-se a conhecer com 180.
Em Março, chegaram-nos 2 máquinas – Delta Machine dos Depeche Mode e Comedown Machine dos Strokes.
Também em Março chegou The Next Day – primeiro disco novo de David Bowie em 10 anos.
Thurston Moore estreou um novo projecto, à parte dos Sonic Youth – e editou um disco homónimo com os Chelsea Light Moving. Em Março, regressaram os Suede e os Black Rebel Motorcycle Club – ambos tocam em Portugal nos próximos meses. Neste segmento, teremos também oportunidade de ver ao vivo os álbuns de Rhye e Devendra Banhart.
Com o mês da Primavera, chegaram os novos álbuns dos Flaming Lips, British Sea Power, OMD, Os Mutantes, Black Angels, Akron Family, Wild Belle, Junip.
Entre os mais aguardados – Bankrupt dos Phoenix, Mosquito dos Yeah Yeah Yeahs, Overgrown de James Blake e Ready To Die de de Iggy and the Stooges.
Maio foi um mês igualmente rico em edições – a estreia das Savages, o regresso dos Primal Scream, e a consagração dos Vampire Weekend.
Maio trouxe também de volta os Deerhunter com Monomania, Noah And The Whale, Coco Rosie, Alice In Chains, Laura Marling… Foi também em Maio que saíu o muito antecipado Random Access Memories dos Daft Punk; os National editaram mais um excelente disco, Trouble Will Find Me.
Logo no início de Junho foram editados os novos discos de Câmera Obscura, Eleanor Friedberger, Surfer Blood, Black Sabbath, Smith Westerns, Sigur Rós e Booker T.
Junho trouxe também o aguardado e recheado de estrelas – …Like Clockwork, o sexto álbum dos Queens of the Stone Age.
A fechar o mês de Junho , Evil Friends dos Portugal the Man.
O semestre lusitano também teve bastante actividade, com os novos trabalhos de Manuel Fúria e os Náufragos, Anarchicks, Mazgani, Primitive Reason, Márcia, Glockenwise e Samuel Úria.
2º Semestre
Para a segunda metade do ano estão reservados também inúmeros discos que merecem a nossa atenção.
Já em Julho, há novo disco dos Editors, Pet Shop Boys, David Lynch, Edward Sharpe
and the Magnetic Zeros e Mayer Hawthorne, que lança o terceiro álbum Where Does This Door Go.
Em Agosto, chega-nos da Austrália o 5º disco dos Pond, primos dos Tame Impala.
Os White Lies, Zola Jesus, Crocodiles e Ty Segall também agendaram para Agosto a edição dos novos álbuns. Mas nesse mês, a nossa curiosidade vira-se para a Escócia – para saber o que esperar de Right Thoughts, Right Words, Right Action – o novo dos Franz Ferdinand
No mês de rentrée também já há vários discos prometidos. Logo no dia 3 de Setembro, AM, o 5º disco dos Arctic Monkeys. King Kahn voltou ao trabalho com os Shrines e editam Idle No More, os Okkervil River lançam The Silver Gymnasium e Trent Reznor recupera os Nine Inch Nails, com Hesitation Marks.
Neko Case, Placebo, Goldfrapp e Volcano Choir – todos escolheram o início de Setembro para lançar novo material. Jonathan Rado, uma das metades dos Foxygen, edita também em Setembro o seu primeiro disco a solo, Law and Order.
A meio de Setembro, podemos esperar Wise Up Ghost – um disco conjunto de Elvis Costello com os Roots. Bill Callahan edita Dream River, Mark Lanegan apresenta-nos um disco de versões, a que chamou Imitations.
Os Kings of Leon dizem ter-se inspirado nos primeiros álbuns, para o novo Mechanical Bull, à venda a 23 de Setembro.
O mês das vindimas traz-nos também o regresso dos MGMT – que editam o seu 3º disco, homónimo.
Além dos que já têm data marcada, há ainda outros discos prometidos, para a recta final de 2013. Os Arcade Fire prometem, pelo menos, uma música nova para Setembro; Beck deu a entender que tem 2 discos para editar este ano; e não esquecer os Black Keys, que nunca param de trabalhar e não é descabido pensar que o sucessor de El Camino possa chegar já este ano. Na produção nacional, Setembro vai trazer-nos novidades dos Linda Martini, Capitão Fausto e Noiserv.