Desafiámos os nossos escribas a fazer a difícil escolha de selecionar um álbum, uma banda/artista, uma música, um concerto e um artigo escrito no altamont que os tenha marcado, nestes últimos 20 anos. Poderão vê-las no decorrer das próximas semanas, aqui e na nossa página de instagram.
Um álbum: The Black Angels – Passover (2006)
Este foi o disco que me introduziu àquela que viria a ser uma das minhas bandas favoritas e um estilo a que estava pouco ou nada acostumada: o rock psicadélico. É um álbum incrível com canções tão incríveis que têm a particularidade de me provocar algo físico sempre que as oiço.
Uma canção: “No Wow” – The Kills
Esta canção foi ouvida tantas vezes que acho que já me fartei dela, mas tinha de estar aqui. Não a considero a melhor canção deles, mas marca o momento em que banda aprimora a produção, mas sem deixar a típica rudez do garage rock.
Um artigo: Da Guitarra à Bateria: As Mulheres da Música Longe dos Holofotes
Foi uma bonita colaboração de muitas mãos femininas por ocasião do dia da mulher.
Um concerto: Nick Cave || Paris (2017)
Nick Cave, Paris 2017. Havia mais – LCD Soundsystem (Coliseu 2018), Pulp (Primavera Sound Barcelona 2011), Anna Calvi (Aula Magna 2013), Vampire Weekend (Coliseu 2019) e sobretudo Black Angels (Londres 2007). Foi a primeira de muitas vezes que vi Black Angels ao vivo e foi num bar aí do tamanho do Musicbox, com pouca gente, e senti-me numa bolha, como se estivesse só eu, eles e a música. E trouxe a set list escrita à mão com marcador preto grosso num guardanapo. O Nick Cave em Paris escolhi porque foi a primeira leva de concertos da digressão que o Nick Cave trouxe depois a Portugal e na qual entra numa verdadeira comunhão com o público. Não me senti numa bolha, mas senti que estava a presenciar um momento histórico de tão intenso que foi.
Uma banda / artista: LCD Soundsystem
Os LCD Soundsystem estrearam-se em 2005, por isso, não podiam caber melhor nesta seleção dos últimos 20 anos. Sou grande fã de dois discos deles: o primeiro e o mais recente, mas considero-os disruptivos e, de certa forma, únicos.