Começa este dia 13 de agosto a 21ª edição do Festival Paredes de Coura, com 5 dias de música no local habitual da Praia Fluvial do Rio Taboão. Um dos melhores cenários de um dos principais festivais de verão em Portugal que é muito apreciado tanto pelo público como pelos próprios artistas.
Nos 2 primeiros dias do Festival vamos ter apenas um palco a funcionar, o secundário, e que vai servir como uma espécie de aquecimento para os 3 dias restantes. A dar o pontapé de saída vamos ter apenas projectos nacionais a apresentarem-se em palco. Serão eles os Tape Junk, O Bisonte, os Sensible Soccers, Moullinex e The Filthy Pigs.
No segundo dia o cartaz é composto por The Discotexas Band, Unknown Mortal Orchestra, Alabama Shakes, Bombino e DJ Set de Headbirds. Destes destacamos em primeiro lugar, o regresso de Alabama Shakes. Já estiveram cá, na edição de 2012 do Super Bock Super Rock, e continuam em apresentação do seu único álbum Boys & Girls, cujo mais recente single é “Hang Loose”. Depois dos norte-americanos é a vez de Bombino subir ao palco para dar a conhecer Nomad, o seu registo deste ano e sobre o qual falámos aqui. Em ponto de destaque estão também os Unknown Mortal Orchestra.
Ao terceiro dia abrem-se as hostilidades do palco principal e o corropio de um palco para o outro toma forma. Começando pelo Palco Vodafone FM (o secundário, que o principal é conhecido apenas como Palco Vodafone), vamos ter por ordem de entrada em palco Widowspeak, Veronica Falls, TOY, Little Boots, John Talabot e por fim The 2 Bears. Aconselhamos a tentar ver um pouco de tudo. Já se sabe, são 2 palcos a funcionar por isso vai ser impossível assistir a todos os concertos do princípio ao fim mas todos estes projectos têm interesse. Principalmente TOY que estiveram na edição deste ano do SBSR e que tiveram uma audiência de umas 20, 30 pessoas porque tudo o resto estava a cantar com os Arctic Monkeys. E TOY merece um grande acolhimento pois são muito bons! A seguir aos londrinos teremos Little Boots e depois o DJ espanhol John Talabot, que regressa também ele ao país depois de ter estado presente no Primavera Sound de 2012.
Enquanto temos tudo isto no secundário Vodafone FM, o principal Vodafone vai ter nada mais nada menos do que Everything Everything a começar, Jagwar Ma, The Vaccines, Hot Chip e The Knife a encerrar a noite. Os primeiros fizeram uma perninha no Warm-Up Paredes de Coura e continuam na apresentação de Arc. São seguidos por Jagwar Ma, um trio australiano que acabou de lançar Howlin e que aproveitou as portas escancaradas por Tame Impala para se darem a conhecer ao mundo. The Vaccines são os senhores que se lhes seguem. Não precisam de apresentações, o quarteto britânico irá electrizar tudo e todos com o seu rock. Quem não precisa também de grandes apresentações são os Hot Chip e ainda os The Knife. Estes últimos têm em Shaking The Habitual o seu último álbum e principal enfoque e os Hot Chip trazem 5 discos na bagagem para reviver. Que dia!
O quarto dia começa tranquilamente com Noiserv e depois com os londrinos Citizens! que já estarão a trabalhar no seu segundo álbum. Para já têm Here We Are, o seu álbum de apresentação e que é de conhecer. Assim como o Rock rouco e rasgado de Iceage, que é tudo menos frio. Seguindo-se a estes nova-iorquinos viajamos até ao País Basco dançar o electro-rock de Delorean. Encerra este palco com a batida de Will Saul. Por seu turno, no palco maior, a tarde começa também em português embora cantada em inglês, com os The Glockenwise que estreiam Leeches, o segundo capítulo desta bela história que estão a escrever. O Rock alternativo de Peace vem a seguir e antes do psicadelismo inglês dos The Horrors. A não perder até porque poderão apresentar algumas novidades pois desde 2011, com Skying, que não lançam nada de novo. O palco irá encerrar com os Simian Mobile Disco, mas antes, como cabeças de cartaz da noite estarão os Echo And The Bunnymen, banda da cidade dos Beatles e que já data de 1978. Com 11 discos na bagagem vêem para um concerto versão best-of, o que vai deliciar muitos dos presentes.
Por fim, mas não menos importante, o 21º Paredes de Coura encerra em grande. No palco principal começa-se com mais uma banda da capital do novo rock português (Barcelos) que são os Black Bombaim. Depois aparecem os Palma Violets, outra banda oriunda da capital inglesa e que traz 180 para nos apresentar. A julgar pela sua actuação no mais recente Coachella duvidamos que haja alguém que não cante “Best Of Friends” até à rouquidão. Depois teremos os já históricos Calexico com um óptimo álbum, de 2012, intitulado Algiers, que vão preceder aos Belle & Sebastian, outros históricos que nestes últimos 10 anos apenas contam com 2 novos álbuns. Com honras de encerramento desta 21ª edição estarão os franceses Justice, em formato DJ Set.
Do outro lado do recinto começa-se com os portugueses Papercutz e depois Ducktails, banda a conhecer de Nova Jersey. É aí que nos aparece Phosphorescent, nome de código de Matthew Houck, um song-writer do Alabama e que é a não perder. Vem com o seu 7º registo, de seu nome Muchacho, de 2013, mas não se deixem intimidar. É do indie mais promissor que anda para aí. O rock de garagem volta de novo ao palco com Bass Drum of Death, para ver também e por fim And So I Watched You From Afar e DJ Set de XXXY.