Meco, Sol e Rock ‘n’ Roll: a premissa mantém-se, envelhece sem se gastar e com um dos cartazes mais sólidos, como já tem vindo a graciar o público em edições passadas, de todos os festivais de verão. O nome é Super Rock Super Rock, o local de sempre o Meco, os dias 17, 18 e 19 de Julho (começa já amanhã, portanto) e a edição a vigésima, número que certamente marcará a história do celebrado (e poeirento) festival.
O cartaz volta a agregar um punhado de nomes de peso no cenário musical alternativo; agrega habilmente os mais velhos e experientes, como Massive Attack, no primeiro dia, ou Cat Power, no segundo, com bandas-sensação que têm vindo a despertar interesse ao público nos anos mais recentes, mas que já reunem medidas acertadas de prestígio, como Tame Impala, no primeiro dia, Woodkid, no segundo e Foals, no terceiro.
A música portuguesa também merece local de destaque; pisarão os palcos projectos como Ciclo Preparatório, no primeiro dia, The Legendary Tigerman, no segundo e Zé Pedro e Amigos (em tributo a Lou Reed) no último.
Vamos por partes?
1º Dia
Arranca o festival às 18:40 com Million Dollar Lips no palco EDP. Destaques incluem o norueguês Erlend Øye, metade dos Kings Of Convenience a pisar solo nacional com o seu projecto a solo, os portugueses Ciclo Preparatório, presentes às 20:10 no palco Antena 3, os ingleses e mexidos Metronomy às 20:30 no palco Super Bock Super Rock, seguidos por uns muito esperados Tame Impala às 22:00 no mesmo local. A banda australiana poderá redimir-se quanto ao concerto no Optimus Alive do verão passado, acerca do qual não cessaram queixas acerca da curta duração da actuação.
Passando de um palco para o outro encontra-se também a jovem promessa (segundo alguns) do rock britânico, Jake Bugg, no palco EDP às 22:55. O já quase lisboeta Panda Bear é também algo a ver, apresentando-se no mesmo palco às 00:55.
As estrelas da noite são, sem dúvida, os ingleses Massive Attack, no palco principal, às 23:40. O duo de trip-hop nascido em Bristol no final da década de 80 regressa finalmente aos palcos, com uma actuação que promete revisitar os seus principais sucessos, desde Blue Lines ao último Heligoland.
2º Dia
Continua. A festa prossegue com os portugueses For Pete Sake às 18:30 no palco EDP e os conterrâneos Keep Razors Sharp às 19:10 no palco Antena 3. Destaques: às 20:00, é a vez dos americanos Cults pisarem o palco Super Bock; e às 21:20, novamente, volta-se ao sabor português com o já lendário The Legendary Tigerman.
22:10 e a noite ainda pertence maioritariamente aos portugueses, com Capicua no palco Antena 3; às 22:30, no palco EDP, é a vez dos americanos e turbulentos Sleigh Bells. Woodkid (nome artístico de Yoann Lemoine), sensação neofolk do ano volvido, regressa aos palcos portugueses às 23:10, no palco Super Bock.
Chega a meia-noite em ponto: está na hora da musa anciã do indie folk, Cat Power, no mesmo palco. Uma hora mais tarde, ainda no mesmo palco, sucede-se o titã Eddie Vedder, sem Pearl Jam a fazer sombra, a apresentar o seu trabalho a solo que alguns cinéfilos certamente reconhecerão.
3º Dia
A fechar o festival, teremos o dia menos interessante. A começar com um tributo a Lou Reed, pela mão de Zé Pedro e Amigos, o festival terá o seu primeiro destaque da noite com Albert Hammond Jr., guitarrista dos Strokes que passa por Portugal para apresentar o seu trabalho a solo. A ver, às 19:00 e às 20:30, respectivamente, no palco principal. A noite continua às 21:50 com The Kills, no palco Super Bock, que aquecem o público para os Foals (23:20) e os Kasabian (01:05).
Simultaneamente, no palco secundário (EDP), haverá para ver, dispensando qualquer tipo de apresentação, Dead Combo às 22h40 e Oh Land, projecto electro-pop da dinamarquesa Nanna Fabricius, às 00:20.
A parte mais interessante da noite acaba com os Batida, às 02:30 no palco Antena 3. O projecto de música electrónica com influências africanas do luso-angolano Pedro Coquenão promete agitar as ancas resistentes até perto das 4h, quando a noite começar a acabar com mais um par de DJs que se seguirão.