Eis-nos deparados com o hype do momento. The xx. Nome invulgar, não revela muito e, obviamente, faz suscitar a curiosidade. Formados por um grupo de garotos de Londres ainda em fase universitária, os xx são o que se pode catalogar por indie soul rock, ou o que quererá lá isso dizer. O seu som, um dueto entre as vozes masculinas e femininas de Romy Croft e Oliver Sim, é um misto de estado de hipnose e de melancolia. O som saído das guitarras e dos orgãos nunca se eleva daquele limbo, parecendo que estamos naquela fase entre sonho e vigília, visível até no próprio nome das músicas: “Crystalized”(single); “Fantasy”; “Shelter”; “Infinity”; “Night Time” ou “Stars”. Encontra-se aqui algo de Interpol de Turn on the Bright Lights.
Ambiente certo para ouvir este disco: Lusco-Fusco até ao amanhecer.
Juntando a elogios a bandas como os Pains of Being Pure at Heart, o que parece estar a acontecer é uma viragem no indie pop/rock a um lado mais inocente da música. Músicas e letras de carácter “Naive”.
Será que os xx estão ao nível deste hype? Talvez não, mas é, sem dúvida, um bom disco de apresentação…
The xx – XX (2009)
Frederico Batista
Nascido em 1980, licenciado em Comunicação Social e finalista do primeiro curso de Jornalismo e Crítica Musical na ETIC_. Desde cedo fui um aficionado pela música. Nirvana aos 12 anos, Beatles aos 15 e a partir daí o mundo mudou. Tornei-me um homem dos 60s mas não consigo estar sem ouvir tudo o que de novo se passa. Parar é morrer e a música é um rio de fluxo contínuo. Beards for Peace!
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the xx = very sweet.
garotos = alcobaça terminology