“Meu nome é Marcelo Maldonado Peixoto, mais conhecido por Marcelo D2, e Nada Pode Me Parar!”. Foi assim que, ainda de cortina para baixo, o Carioca deu ontem início ao seu espectáculo, fazendo toda a plateia sair da cadeira. Sobem a cortina, levantam-se os braços e ouvem-se os primeiros beats que fazem toda uma sala estremecer.
O Teatro Tivoli foi o palco escolhido para a apresentação do sexto álbum de originais Nada Pode Me Parar. Uma sala intimista, onde foi possível ver de perto Marcelo D2 e sua banda mergulhar com alegria no rap, no hip-hop moderno e old school, mas também com tempinho para o samba, elemento muito presente em álbuns anteriores. Aliás, quando ele faz o samba e o hip-hop coexistir, numa mesma música, magia acontece.
Verdadeira máquina em palco, é sobejamente conhecida a relação de amor entre o público português e D2. E sem qualquer desfeita, presenteou-nos com com hits como “Desabafo/Deixa Eu Dizer”, “Você Diz Que O Amor Não Dói”, “Eu Já Sabia” ou “À Procura Da Batida Perfeita”. Pelo meio também não foram esquecidos os duetos com, por exemplo, Seu Jorge “A Arte Do Barulho” e Aloe Black “Danger Zone”. Sentar não passava pela cabeça de ninguém, os braços estiveram várias vezes no ar e o samba passou pelos pés. Da mesma forma, e nas palavras de D2, “o incrível e extraordinário Fernandinho Beatbox” deixou a sala de boca aberta quando, sozinho, deu show de bola e pôs toda a gente a cantar – imaginem – “Sweat Dreams”, “Seven Nation Army”, “Come As You Are” e “Billie Jean”.
Terminando com jogada de mestre, este Carioca, já na casa dos 40, convidou umas quantas gatinhas da frente da plateia a subirem ao palco para comprovar uma teoria: também as portuguesas sabem sambar. Ao som de “Eu Bebo Sim” – tema dos anos 70 de Elizeth Cardoso – de copo na mão e rodeado de mulheres, cantou sorridente: “Eu bebo sim, estou vivendo. Tem gente que não bebe e está morrendo. Eu vivo sim.”. Like a Boss!
[wzslider]