Para mim é um facto inquestionável – Is This It? foi uma pedrada no charco. Apareceu numa altura que o rock estava morto, praticamente não apareciam bandas novas rock e reinavam os tempos das trevas do nu-metal. Apesar de, só por este papel de “salvador” já merecer um lugar muito importante na História da música, o que é facto é que “Is This It?” atingiu-me a mim e a uma camada de pessoas ávidas pelo regresso do rock directamente no estômago, deixando-nos com uma resposta clara à pergunta tema do álbum: “This is definitely it!”. E apesar de, agora à distância, haver por aí muitos a desvalorizarem-nos, a chamá-los one hit wonders por causa do tão rodado “Last Nite”, eu continuo fã da banda e gosto dos seus restantes álbuns. Não tenho dúvidas que este álbum tem para mim muito mais sumo que “Last Nite”, músicas como “Someday”, “Barely Legal”, “Hard to Explain” e “New York City Cops” marcaram-me e continuam a soar muito fresco, rock puro e despreocupado. Já lá vão muitos anos desde que foi lançado e sabe sempre bem ouvi-lo de uma ponta a outra. [ALEX PIRES]
Aparecidos como os salvadores do Rock para o séc XXI, os Strokes foram uma lufada de ar fresco na onda Nu-Metal que assombrava as rádios e Tvs em particular e o panorama geral de uma juventude à procura de algo mais. Essa procura cessou com “Last Nite”, que, através do seu som retro aliado a guitarradas e gritarias mais honestas que qualquer Limp Bizkit ou Slipknot, deu ao público algo que já estava completamente dormente, o fenómeno Rock. Músicas como “The Modern Age”, “Hard to Explain”, “Someday” ou “Soma” são sons que ficarão para a posterioridade. Basicamente Is This It? devolve o velho sex, drugs and rock ‘n roll aos tops e serve de ponto de partida para a década que aí se adivinhava. Os Strokes abriram a porta, os outros que se seguiram,entraram e fizeram desta década uma das mais consistentes. [FREDERICO BATISTA]