Depois de os americanos terem começado a despontar e a fazer ressurgir o velho rock, eis que uma banda de Glasgow, Escócia, resolve pegar em sons dos anos 80, nomeadamente os Gang of Four, Joy Division, Talking Heads, entre outros, criando um novo som completamente incendiário. “Take Me Out”, “The Dark of the Matinée”, “Darts of Pleasure” e “This Fire” falam por isso. São músicas que trouxeram para as pistas de dança o rock lascivo. Se os Strokes tiveram aquela importância para o ressurgimento do rock, então os Franz Ferdinand escancararam a porta toda e, a partir daqui, imensas bandas, sobretudo as britânicas, conseguiram um lugar ao sol, tendo muito mais visibilidade do que achariam alguma vez ter. O indie rock tornou-se, finalmente, oficial.
Franz Ferdinand – Franz Ferdinand (2004)

Alexandre Pires
Nasci em terras de Vera Cruz, decorria ainda a década de 70. De pequenino me apercebi que estava destinado a grandes feitos e quis desde logo deixar a minha marca, começando por atravessar o Atlântico a nado. Dessa experiência guardo sobretudo água salgada nos ouvidos, água essa que me impediu de dar ouvidos ao meu pai que queria fazer de mim engenheiro. Hoje, quando me perguntam a profissão, não sei o que responder. Tenho vários chapéus que vou usando consoante a ocasião, desde economista proeminente a futebolista de sonho, de crítico de música amador a empreendedor visionário, de tenista de meia tigela a DJ concorrido, de amante cinéfilo a pai dedicado.
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próprias palavras de um dos tipos de penteado ridículo da banda numa entrevista:
– Como nasceu a banda?
– Nós íamos a concertos e só víamos homens nas primeiras filas das plateias. Pensámos então em fazer um tipo de música que pusesse as miúdas a dançar.
eu digo, miúdas a dançar é fixe. mas melhor que isso é sexo anal e eu não faço filmes porno.