Beatriz Costa
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Apenas uma Beatriz de 24 anos aspirante a muitas coisas. Entre as principais, cineasta e jornalista. Nasci em Coimbra, mas cresci na belíssima vila da Lousã e mudei-me para Lisboa em 2016 para seguir o curso de Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova. Reza a lenda que os moldes que me estruturam se devem a, fundamentalmente, quatro ou cinco momentos: O primeiro é claro como água, sou eu bem pequena a ser atormentada por um dos meus tios a ouvir, em loop, o álbum "Meds" dos Placebo - o que desencadeou em mim um fascínio pouco saudável pela banda; O segundo é, no fundo, uma compilação de todos os momentos em que passeava de carro com os meus avós maternos a sentir-me a criança mais cool e irreverente do pedaço com "La Dolce Vita" e outras músicas dos Jafumega como som de fundo. Verdade seja dita, ainda hoje me sinto muito mais cool do que sou quando oiço este hino (e outros) dos lendários Jafumega; O terceiro deu-se a ver a obra-prima de Tarantino (e esta afirmação, por si só, é já uma polémica divisora de águas, bem sei, sue me!) “Kill Bill” pela primeira vez e ficar completamente hipnotizada pela incrível simbiose cenas/banda sonora. Experiência que, claramente, foi um dos principais cliques que me fez nunca mais querer desapegar de nenhuma destas artes, nem da sétima nem da música, que a eleva como nenhuma outra; O quarto é culpa do Serge Gainsbourg e, é claro, de um amigo que mo apresentou. Nunca mais fui a mesma, depois daquela tarde de Verão, passada no rio, a ouvir “Histoire de Melody Nelson”. Renasci ali com aquele que considero um dos melhores discos de sempre. Existem muitos mais álbuns e muitas mais bandas que fizeram esta playlist da minha existência, mas como não dá para nomear tudo nesta pequena biografia, que já vai longa, terá que ficar para uma próxima. A verdade é que a música e o cinema sempre estiveram presentes, às vezes como catalisadores de emoções, outras como comprimidos catárticos. E vão continuar a estar, de uma forma ou de outra.

Playlist da Semana: Ego trip, cabedal, óculos escuros e um clube espelhado – uma viagem

Nesta playlist oferece-se um bilhete de ida para as sonoridades mais obscuras.

Moses Sumney – Græ (2020)

Ouvir Moses Sumney é chegar à perfeita realização de que é bom estarmos vivos no panorama artístico e cultural do momento.

Playlist da Semana: Feel it – Soul/Northern Soul

Desafiamo-vos a ter uma má semana depois deste início musical auspicioso, conseguir não abanar a anca e tirar da cabeça a expressão sussurrada e sentida lá no âmago “Son of Shaft”.

FOQUE em entrevista: “Gosto muito de tirar o tapete ao ouvinte”

Uma entrevista cativante que nos faz mergulhar na música do artista nacional que encontrou em FOQUE a sua sonoridade, ao fazer convergir diferentes formas de arte e influências artísticas.

Perfume Genius – Set My Heart on Fire Immediately (2020)

Este não é um álbum que procure cativar-nos imediatamente. Todos os seus labirintos e camadas aproximam este disco daquilo que se espera de um bom vinho, por isso, só depois de maturar e de ser saboreado com a devida calma, pode ser apreciado como merece.

mema. em entrevista: A música como cura para os momentos escuros

Numa conversa muito agradável, com referências desde o metal sinfónico à agricultura, mema. abriu as portas desta “Cidade de Sal” ao Altamont.

:papercutz em entrevista: “gosto de contar histórias que estejam impregnadas de alguma realidade”

O mais recente álbum de Papercutz foi o mote para esta conversa com Bruno Miguel, fundador e único membro “fixo” da banda.

Light Asylum – In Tension [EP] (2011)

É a intenção de explosão sonora que o duo carismático de Brooklyn, Light Asylum, promete e nos dá com este EP. Este trabalho viu a luz do dia há uma década, mas parece mais atual do que nunca.