Eles eram namorados. E em casal, apaixonados, lançaram um disco em 2011.
Mais tarde acabaram o namoro, mas sensatamente concluíram que a música era mais importante – e decidiram continuar a banda. E assim nasceu Static, o segundo álbum dos Cults. Novaiorquinos, não confundir com os Cult, estes são no plural e não têm nada a ver com os de Ian Astbury.
Madeleine Follin canta, Brian Oblivion compõe e toca quase tudo. E este disco, que resulta do pós-divórcio, é cheio de canções de amor apaixonadas.
Os Cults apresentam-se como banda indie rock, mas beberam muito de girl groups dos 60s. As músicas são todas leves e frescas, cantadas na voz esganiçada e quase adolescente de Madeleine e funcionam muito bem assim.
Adornadas por guitarradas simples, umas teclas aqui e ali e, fazendo jus ao nome do disco, uma estática constante, como se estivéssemos a ouvir rádio quase mal sintonizada.
Não sei se os Cults se levam muito a sério ou se pretendem ter longa vida neste circuito. Provavelmente, não se aguentam. Mas pelo menos deixam-nos aqui um disco agradável, fácil de ouvir, com 11 canções que se mastigam docemente em 36 minutos.
“Always Forever”, “We’ve Got It” e “Shine a Light” são as que mais se destacam.