Ricardo Romano
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"Um bom disco justifica sempre os meios”- defendeu-se Ricardo Romano, ao ser acusado de ter vendido o rim esquerdo da sua tia entrevada para comprar uma edição rara do Led Zeppelin II - o melhor disco de sempre. O juiz não se convenceu, mandando-o para uma prisão com condições desumanas, onde uma vez foi obrigado a ouvir do princípio ao fim um disco dos Creed. Actualmente em liberdade, cumpre pena de trabalho a favor da comunidade no site Altamont mas a proximidade com boas colecções de discos não augura nada de bom.

Novo disco das Anarchicks, Loose Ends, sai a 17 de Abril

O terceiro álbum das Anarchicks, Loose Ends, sai no próximo dia 17 de Abril. É o primeiro disco da banda a contar com Rita Sedas na voz. “Near Hear” será o primeiro single. Esperamos rodá-lo em breve.

AC/DC – Highway to Hell (1979)

Chamem-lhes brutos, broncos, o que quiserem, mas há mais vitalidade rock’n’roll num só riff seu do que em toda a discografia dos Editors.

Bob Dylan – The Freewheelin’ Bob Dylan (1963)

É essa a importância histórica de Freewheelin’: ser o elo de ligação entre a modernidade beatnik e tudo o que veio a seguir.

Black Sabbath – Vol. 4 (1972)

O segredo de Vol. 4 está no seu equilíbrio perfeito entre sofisticação e brutalidade. O melhor smoking para o pior matadouro.

Rage Against the Machine – Rage Against the Machine (1992)

A acumulação de tensão em níveis tântricos até uma bomba atómica explodir no refrão é a sua imagem de marca.

My Bloody Valentine – Loveless (1991)

Um disco tão áspero e violento como frágil e sonhador. O éter e o ácido do shoegaze levados ao seu doentio limite.

Pearl Jam – Ten (1991)

Através de hinos como “Alive” e “Even Flow”, a nossa melancolia, antes plebeia, ascende na escala social. Antes de Ten, estávamos na merda; depois de Ten, curtimos uma angst.

The B-52’s – The B-52’s (1979)

The B-52’s é uma festa no hospício, uma pista de dança em Marte, uma criança feliz a conduzir o carro do pai em contramão.

Billie Holiday – Lady in Satin (1958)

Billy não canta, sofre; não interpreta, é. Entre a sua vida e a sua arte não há qualquer corrimão.

New Order – Technique (1989)

Um instantâneo perfeito da louca Madchester.

Montanhas Azuis – Ilha de Plástico (2019)

Três músicos, três sensibilidades, três sintetizadores. O disco do ano chegou em Fevereiro.

Bonnie Prince Billy – I See a Darkness (1999)

As melodias são bonitas e tristes como a chuva a cair.

FIDLAR – Almost Free (2019)

Ao terceiro disco, os FIDLAR fazem o seu London Calling, diversificando estilos e instrumentos, ao mesmo tempo que mantêm a irreverência skate punk original.

É indie, é lo-fi, é Pucarinha: conheça o novo projecto Bel Chi Or

Quando a artista visual Pucarinha troca estiletes e pincéis por guitarras e teclados, responde pelo nome de Bel Chi Or. A sua estética é intimista e lo-fi, uma espécie de PJ Harvey de Palmela.

“Facelift” – Soft Machine

Um peculiar exercício de jazz de fusão.

“Dark Star” – Grateful Dead

Requintado e sonhador, é como soaria A Love Supreme se Coltrane tomasse mais LSD.

“Two Headed Dog” – Roky Erickson e Bleib Alien

Completamente lunático. Psicose pura com uma batida incrível.

“Joe the Lion” – David Bowie

Ninguém enxertou o funk e a pop vanguardista europeia com tanta classe como Bowie.